O responsável, que falava na abertura do seminário sobre “Protecção de Dados Pessoais em Angola, referiu que a inteligência artificial ajuda a proteger informações confidências e impedir acessos não autorizados, bem como violações, salvaguardando a privacidade das pessoas e das organizações.
“Nos dias que correm, a dinámica da interacção social vai se tornando cada vez mais distinta daquela do último século. Assistimos a um avanço esponencial das tecnologias em Angola e semelhantes em outras partes do mundo, com reflexo na inovação, na eficiência e na acessibilidade nos serviços”, referiu.
Contudo, apontou que esta revolução “desafia-nos em muitas dimensões da vida quotidiana, sobretudo no domínio da protecção dos dados pessoais”.
O tratamento de dados pessoais, considerou, constitui a base essencial para a maioria das actividades humanas, principalmente no âmbito da económia digital, por essa razão, “é necessário que todos intervenientes deste ecossistema trabalhem em sintonia e adoptem uma cultura de transparência, para que o cidadão tenha a percepção clara de que os seus dados estão a ser tratados de maneira ética e segura”.
O ministro sublinhou que o apelo à acção colectiva sugere desafios reais que precisam ser superados, desde logo, uma infraestrutura tecnológica e capacidade institucional em altura de uma sociedade em rede.
Por seu turno, o director do Gabinete Jurídico da Agência de Protecção de Dados (APD), N´junjulo José António, recordou que a agência iniciou a sua actividade em 2019, sendo que em 2020 registou, pelo menos, 40 autorização de protecção de dados, em 2021 houve um crescimento com mais de 100 processos, em 2022 chegaram a 200.
No ano de 2023, a APD registou 700 procesos de autorizações de protecção de dados.
O seminário, com duração de um dia, é uma realização da APD, no âmbito do 28 de Janeiro, Dia Internacional da Protecção de Dados Pessoais.
O encontro reuniu especialistas e pensadores comprometidos com a protecção de dados, no ramo da banca, seguro, empresas públicas e privadas. ML/AC