Luanda – O ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, afirmou domingo, em Luanda, ser importante que se partilhe experiência em termos de desporto adaptado com os países africanos, mas considerou que a maior preocupação de Angola deve centrar-se no desenvolvimento a nível nacional.
Falando no programa “A grande entrevista” do canal desportivo da Rádio Nacional de Angola (Rádio 5), reiterou que existe muito por fazer e que a prioridade deve recair para acções internas.
“Devemos fazer cada vez mais e melhor e corrigir o que não fizemos bem. Temos tantos assuntos por desenvolver a nível de todo o país. Essa deve ser a nossa maior preocupação”, frisou.
Muandumba, que presidiu dia 24 a cerimónia de abertura da Conferência de Desenvolvimento organizada pelo Comité Paralímpico Africano (CPA), disse existir muito caminho por percorrer como obter experiência daqueles que do ponto de vista do desenvolvimento e apoios estão mais avançados.
Nesta perspectiva, apontou a Nigéria, Quénia e África do Sul como ideais para transmitir conhecimentos a Angola.
“Aquilo que estamos a fazer, se modestamente servir de modelo para os outros países, obviamente estaremos em condições de partilhar este conhecimento. Mas é evidente que temos muito caminho por trilhar”, disse.
O ministro indicou que se deve aproveitar o potencial humano existente para se ter desporto paralímpico forte e muito desenvolvido, apelando maior aderência dos patrocinadores para contribuírem no que considera “uma causa nobre”.
Durante a Conferência de Desenvolvimento do CPA terminado sexta-feira, na capital do país, alguns delegados afloraram a necessidade de ter Angola como modelo, em função dos resultados alcançados em campeonatos africanos e jogos paralímpicos.
Nas duas últimas edições dos jogos paralímpicos, o angolano José Sayovo foi triplo recordista em Atenas2004 nos 100, 200 e 400 metros para deficientes visuais. Em Pequim2008 obteve nas mesmas distâncias três medalhas de prata. A nével de África Angola tem confirmado hegemonia.
Fonte: Angop