O ministro da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, manifestou ontem, em Luanda, a sua satisfação com o rumo que o país está a seguir em resultado do crescimento do sector da indústria nos seus mais diversos segmentos.
Ao prestar declarações à imprensa, após a inauguração da Glopol, que passa a produzir produtos plásticos para a indústria, o ministro disse que a preocupação do ministério que dirige se prende com o crescimento do sector como tal, embora os sinais deste crescimento estejam à vista.
Joaquim David disse ser necessário fazer crescer a indústria em Angola, mas adiantou que, a par disso, é preciso que o país cresça com indústrias verdes. “O país está a acompanhar o que de melhor existe no mundo. Estamos a cobrir as necessidades que o país tinha no plano de equipamentos, ao mesmo tempo que aumentamos a massa fiscal”, reconheceu.
Ao realçar a existência de muitas empresas a instalarem-se no Pólo Industrial de Viana, afirmou estar satisfeito com a nova unidade, já em funcionamento, com maior potência e capacidade no ramo dos plásticos, ficando apenas atrás, em África, à cidade do Cabo, África do Sul, a segunda maior a nível do mundo. Produtos de plástico de grande utilidade, como contentores para resíduos sólidos, paletas para indústria petrolífera e grandes superfícies comerciais, baldes selados para óleos e lubrificantes, além de caixas para transporte e armazenamento de produtos agrícolas, podem deixar de ser importados.
A empresa prevê duplicar os níveis de produção, com a instalação de uma nova máquina, que deve chegar ao país em breve, assegurou o administrador Panzo de Oliveira.
Dispondo de equipamentos de reciclagem, a matéria-prima da empresa são os plásticos reciclados e os que resultam dos derivados do petróleo, facto realçado pelo ministro, numa perspectiva de preservação do ambiente, dada a reduzida biodregradação dos plásticos.
Desafio de exportar
Para Panzo de Oliveira, o desafio actual da empresa reside na necessidade de substituir as importações, aumentar a criação de valor acrescentado para o país, formar técnicos angolanos e recorrer à utilização dos mais modernos meios tecnológicos disponíveis.
Após um ano, a unidade atingiu o que considera uma “velocidade cruzeiro”, ao produzir plásticos com elevada qualidade e certificados, através das mais exigentes normas da União Europeia.
“Queremos, dentro de dois anos, ser o maior produtor e exportador de produtos de embalagem e transporte na África subsaariana. Para tal, adquirimos uma nova máquina de injecção pesada, com chegada prevista para o próximo mês, que deve permitir a duplicação da capacidade produtiva”, avançou.
Empregando 40 trabalhadores, a fábrica tem uma capacidade de produção de cinco mil paletas de plástico para cargas por mês, 20 caixas de transporte de produtos agrícolas, contentores de resíduos sólidos e tem produtos para distribuir em todo país para um período de cinco anos.
FONTE: JA