O ministro angolano do Petróleo, Diamantino Pedro Azevedo não vai participar na reunião da OPEC+ do próximo dia 26 em Viena refletindo naquilo que o portal da especialidade S&P Global diz serem crescentes divisões dentro da organização.
O portal disse que na reunião da OPEC+ há cinco meses atrás o ministro angolano “saiu furioso da reunião em Junho poucas horas depois de tensos debates sobre a capacidade de produção africana e (a sua ausência) poderá revelar mais um desacordo na crescente divisão entre os mais e menos ricos dentro da organização”.
A próxima reunião deverá reduzir a quota de produção de Angola e de outros países africanos que não conseguiram atingir alvos de produção anteriormente acordados. Na última reunião em Junho a quota de Angola já tinha sido reduzida.
A quota de Angola, diz a portal, é de 1,46 milhões de barris por dia mas Angola está londe de atingir isso tendo produzido 1,15 milhões por dia em Outubro e Angola concordou em ter essa quota reduzida se não conseguisse demonstrar “uma produção significativamente mais alta até à reunião de Novembro”.
Outros países africanos deverão também ter as suas quotas reduzidas.
Em Setembro o secretário geral da OPEP Haitham al-Ghais esteve em Luanda para conversações cujos detalhes se desconhecem
A S&P Global diz ainda que “os países membros dizem que os cortes (das quotas) poderão reduzir investimentos vitais nos seus sectores de petróleo e gás numa altura em que lutam para aumentar a produção”
Uma fonte não identificada disse ao portal que o ministro angolano não ficou “muito satisfeito no último encontro “ mas acrescentou que “Angola continua a apoiar firmemente a OPEC”.
“Há algumas questões e precisam de ter uma conversa em família sobre essas questões “, disse essa fonte citada pelo portal.
O preço do petróleo Brent estava quarta-feira nos 81.57 d´plares o barril acima dos 75 dólares ue serviu de referência ao Governo para elaborar o Orçamento Geral do Estado de 2023.
