Luanda – Uma cerimónia em homenagem aos antigos vice-ministros das Relações Exteriores (Mirex) e diplomatas teve lugar hoje, em Luanda, com o objectivo de realçar o contributo destes para a causa da nação.
Durante o evento, que foi presidido pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, figuras que passaram pela instituição na qualidade de vice-ministros como França Van-Dúnem, Irene Neto, Sebastião Izata, Domingos Muginga, José Alves Primo, Armando Mateus Cadete e Carlos Alberto Bragança mereceram o reconhecimento do pelouro.
De igual modo, e a título póstumo, foram homenageados os antigos vice-ministros Francisco Romão e Johnny Eduardo Pinock.
A cerimónia serviu ainda para realçar o trabalho e contributo de diplomatas já reformados, falecidos, bem como outros ainda no activo. Entre os distinguidos, a título póstumo, destacam-se Manuel Quarta Punza, Evaristo Domingos Kimba, João Filipe Martins, Eusébio Sebastião Júnior, Domingos Kiosa, Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem, Henriques Teles Carreira, Simião Cafuche, Aristides Van-Dúnem, João Lourenço Landoite, entre outros.
Na sua intervenção, o ministro Georges Chicoti disse que a cerimónia visa honrar os diplomatas angolanos que em determinada fase da história recente participaram activamente e diligentemente na prossecução da política externa de Angola para consolidar a sua independência e soberania, bem como defender os seus interesses estratégicos, muitas vezes em condições e contextos internacionais difíceis.
Acrescentou que a iniciativa insere-se num conjunto de medidas que o Mirex tomou recentemente para preservar a memória e reconhecer o trabalho daqueles quadros nacionais que emprestaram o seu saber e espírito patriótico na condução de missões diplomáticas ou negociações políticas complexas.
Tudo isso, reforçou, para que Angola conseguisse alcançar a paz e estabilidade e se afirmasse na arena internacional como um estado soberano.
Frisou que foi neste âmbito também que em Novembro último institucionalizou-se o dia do diplomata angolano como uma data de reflexão e de reconhecimento merecido da nação a todos aqueles que, quer no passado, como no presente trabalharam ou trabalham na defesa da diplomacia angolana.
“Nesta ocasião, tivemos também já a oportunidade de prestar homenagem a um primeiro grupo de diplomatas num processo que hoje damos continuidade, uma vez que nós não queremos que a memória de todos aqueles que emprestaram o seu saber no Mirex e para defender os interesses do país sejam esquecidos, mesmo aqueles que já nos deixaram”, referiu.
O ministro acrescentou que escolheu-se este período próximo ao 4 de Fevereiro, porque a data possui um significado importante para a história do país, uma vez que muitos diplomatas dedicaram-se activamente a luta pela independência.
“Pessoas que durante muitos anos lutaram de maneira heróica para que Angola pudesse ser aquilo que ela é hoje”, disse.
Fonte: Angop