As autoridades administrativas de Cambambe investiram, no primeiro trimestre deste ano, 217,4 milhões de kwanzas na execução e recuperação de várias infra-estruturas de lazer, projectos agrícolas, postos de saúde e escolas, revela um documento oficial.
O mapa de execução do “Programa Integrado de Combate à Fome e à Pobreza” mostra que os investimentos contemplaram também construção de latrinas, de chafarizes e de mercados paralelos e a revitalização e apetrechamento das administrações comunais.
O administrador municipal de Cambambe afirmou, ao Jornal de Angola, que no mesmo período se realizaram acções de formação de parteiras tradicionais.
Mateus da Costa salientou a importância de haver união de esforços para transformar a região num bom lugar para se viver, criando melhores condições de habitação.
Faltam escolas do ensino especial
A falta de escolas para alunos com necessidades especiais preocupa as autoridades de educação do município, disse o seu responsável.
João Baptista Júnior lamentou que na região haja apenas dois professores especializados.
“Nos últimos tempos, fazemos a rotatividade dos quadros que estão muito tempo em comunidades distantes, como é o caso das situadas nas margens do rio Kwanza e Lagoa do Ngolome”, sublinhou. No município, com 62 escolas e 22.050 alunos, há cerca de 500 professores do ensino primário e do primeiro e segundo ciclos.
Nas comunas de Massangano, Zenza do Itombe, Ndange-ya-Menha e São Pedro da Kilemba há várias escolas em construção.
No município, declarou Baptista Júnior, são necessárias mais 30 escolas e cem professores. Domingos Paulino, residente do bairro Kafuma, no Dondo, disse que a expansão da rede sanitária e escolar e a requalificação dos espaços verdes e largos da cidade proporcionam melhor qualidade de vida e salientou a necessidade de se fazerem mais investimentos no sector de energia, para beneficiar as populações dos bairros e das aldeias periféricas. Maria Madalena, residente no Alto-Fina, manifestou-se satisfeita por a comunidade já ter infra-estruturas sociais e económicas que “dignificam a vida humana”.
“Agora, sentimo-nos melhor, temos um posto de saúde completamente remodelado, escolas, bombas de combustível e restaurantes”, afirmou, satisfeita.
Fonte: Jornal de Angola