Até ao início da noite desta quinta-feira, um pouco por todo o país, as ruas de França foram palco do descontentamento face à anunciada alteração no sistema de pensões, que aumenta a idade de reforma de 62 para 64 anos.
O protesto uniu, pela primeira vez em 12 anos, os oito principais sindicatos franceses. Segundo as autoridades, participaram mais deum milhão de pessoas. Os sindicados falam em mais de dois milhões de manifestantes.
Para Philippe Martinez, o líder da Confederação Geral do Trabalho, a mobilização reflete a oposição em peso e o facto de cerca 80% da população estar contra esta reforma, especialmente os mais jovens.
A delegada do sindicato Solidaires diz que é preciso voltar a colocar os assuntos em cima da mesa e isso significa uma distribuição diferente da riqueza. “Mas o presidente não quer falar e esse é o grande problema”, defende Murielle Guilbert.
Os ecos da maior greve geral do segundo mandato de Emmanuel Macron chegaram a Barcelona, onde o presidente participou numa cimeira franco-espanhola. Sobre a reforma no sistema de pensões, disse que “foi apresentada de uma forma democrática, foi validada, e é justa e responsável”.
Emmanuel Macron lembra que esta reforma estava no programa com o qual foi eleito presidente em 2017 e reeleito em 2022.
Os sindicatos falam em injustiça e dizem que há outras formas de financiar as pensões. Entretanto, pediram a participação dos franceses numa nova greve geral, marcada para o próximo dia 31 de janeiro.