Após debates acalorados, os ministros das Finanças da zona do euro concordaram nesta sexta-feira em ampliar a barreira de protecção monetária do bloco contra a crise para um total de 800 biliões de euros. O compromisso é um alívio para os países europeus mais frágeis e foi bem recebido pelos mercados financeiros. As bolsas europeias fecharam o pregão em alta.
“A combinação do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FESF), junto com outros esforços europeus recentes, fortalecerá a protecção europeia e dará suporte aos esforços do FMI para elevar seus recursos disponíveis em benefício de todos os nossos membros”, disse directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em um comunicado. Os Estados Unidos também saudaram os “esforços positivos” para reforçar a confiança.
Para Jörg Asmussen, membro do directório do Banco Central Europeu (BCE), os europeus fizeram o seu dever de casa e estarão mais à vontade para discutir com o FMI, que se reúne em Abril.
Apesar das reacções positivas ao anúncio feito em Copenhaga, na Dinamarca, o acordo entre os ministros das Finanças do Eurogrupo foi menos ambicioso do que o defendido pela Comissão Europeia, que queria elevar o auxílio de emergência ao países europeus mais frágeis a 940 biliões de euros. Para a Alemanha, o montante de 800 biliões de euros é suficiente.
A soma inclui 500 milhões do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, 200 milhões de euros já engajados pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira, além de 49 biliões de euros da União Europeia e 53 biliões de euros de empréstimos consentidos à Grécia em 2010.
Com o anúncio, as principais bolsas europeias fecharam o pregão desta sexta-feira em alta. Madri subiu 1,23%, Paris 1,26% e Londres 0,46%.
Fonte: RFI