Um trio de marginais, um dos quais já preso pela polícia e apresentado à comunicação social, sequestrou uma mulher e os seus filhos menores, apoderou-se dos cartões de crédito, dos códigos e fez compras no valor de 32 mil dólares.
A mulher foi feita refém com três filhos menores, depois de ter sido assaltada quando conduzia uma viatura ligeira no Bairro Prenda, por volta das 23 horas do passado dia 4 deste mês de Março.
Os meliantes retiveram a senhora entre as 23 horas e as quatro horas da manhã, na companhia dos filhos menores, com o objectivo de forçá-la a entregar-lhes os cartões de crédito e os códigos.
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Quando revelou os códigos, foi libertada com dois filhos enquanto o terceiro, um menor de sete anos, continuou sequestrado, quase 24 horas, como refém em casa de um dos meliantes, identificado como Paulo Augusto, de 24 anos e funcionário público.
Com um filho refém, a vítima não apresentou queixa às autoridades e não deu ordens para que fosse bloqueada a sua conta bancária. No dia seguinte, os meliantes dirigiram-se a uma loja onde levantaram electrodomésticos, uma motorizada, que custou 11 mil dólares, mobílias e outros artigos de valor.
No total, consumiram da conta bancária da vítima 32 mil dólares, informou a Polícia Nacional. Após fazerem as compras, os melianmtes libertaram o menor, que foi abandonado nas imediações de sua casa, o que indicia que os delinquentes já tinham informações sobre a vida da vítima.
Sequestrador detido
A detenção de um dos marginais aconteceu 24 horas depois do crime e foi resultado de uma queixa apresentada pela vítima numa das esquadras da Divisão da Maianga. Os outros foram presos logo a seguir, através de informações dadas pelo primeiro detido. Os marginais nem sequer tiveram tempo de repartir os bens adquiridos.
O único meliante apresentado à comunicação social estava incluído num numeroso grupo de 80 marginais suspeitos de terem cometido vários crimes em Luanda.
A maioria dos delinquentes foi detida na sequência da realização de operações policiais com o intuito de devolver o sentimento de segurança aos cidadãos.
Do rol de delinquentes apresentados em Luanda estavam três chineses que, no Cacuaco, raptaram um compatriota, a quem queriam extorquir dinheiro. Segundo a Polícia, o episódio ocorreu quando os três chineses pediram boleia ao compatriota, tendo este sido ameaçado ao longo do trajecto, para lhes entregar dinheiro e outros valores. Acabaram presos.
O porta-voz do comando de Luanda da Polícia, Nestor Goubel, declarou que a denúncia é muito importante para a Polícia Nacional, porque permite a detenção dos meliantes.
Pediu aos cidadãos para que continuem a colaborar com a os agentes policiais no sentido de contribuírem para a sua própria segurança.
A Polícia apresentou à comunicação social armas de fogo apreendidas e viaturas recuperadas depois de terem sido roubadas.