Novos confrontos entre manifestantes e policias aconteceram no centro da capital Dakar na tarde deste domingo. Dezenas de pessoas ficaram feridas. Há seis dias, forças do governo coíbem manifestações da população contra a nova candidatura do presidente Abdoulaye Wade, que está há 12 anos no poder. As eleições presidenciais senegalesas acontecem no dia 26 de fevereiro.
Segundo agências de notícias, os confrontos entre manifestantes e policias foram extremamente violentos. Bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha eram utilizadas para conter a multidão. Os manifestantes defendiam-se com pedras e ateando fogo em pedaços de madeira na região da mesquita da confraria Tidiane, atacada ontem pelas forças de ordem do governo.
O ápice da violência aconteceu na última sexta-feira e sábado, resultando em cerca de vinte feridos. Os confrontos recomeçaram neste domingo no final de um culto na mesquita atacada pelos policias. Segundo testemunhas, as forças teriam invadido o local lançando bombas de gás lacrimogênio quando fiéis participavam de um culto no interior do prédio.
Habitantes e comerciantes da região central de Dakar, onde acontecem os confrontos mais violentos, dizem-se chocados com a onda de brutalidade, especialmente dentro de um local religioso. “O presidente Abdoulaye Wade tem que partir, é a única solução”, afirma um feirante local.
Fonte: RFI