O assessor do Programa Nacional de Controlo da Malária informou que, apesar de haver uma grande redução de casos por ano, o paludismo ainda continua a ser a principal causa de morte por doença em Angola.
Em breves declarações ao Jornal de Angola, o médico Francisco Telles referiu que, antes de 2008, faleciam todos os anos, por malária, mais de 10 mil pessoas em todo o território nacional. Angola, acrescentou, tem registado, desde 2008, uma redução entre 25 e 30 por cento de casos de morte por malária.
A título de exemplo, frisou que, em 2008, foram registados, nas 18 províncias do país, 10.249 óbitos por malária entre três 3,428 milhões de casos notificados e, no ano passado, 6.909, entre 3,5 milhões de doentes.
Em 2009, Angola registou 3,726 milhões de casos de malária, com 10.505 óbitos, enquanto, em 2010, houve 3,6 milhões de casos, dos quais 8.114 acabaram em óbito.
As crianças menores de cinco anos continuam a ser as mais afectadas e as províncias que mais óbitos registaram por malária, em 2011, foram Luanda, Kwanza-Sul, Huíla, Benguela e Uíge. O maior índice de casos ocorre em Luanda, Huambo e Huíla, acrescentou o médico, para quem a redução de óbitos é fruto de um conjunto de intervenções planeadas pelo Executivo e com o apoio de parceiros, como a Iniciativa Presidencial Americana (PMI) e o Fundo Global. A introdução de novos medicamentos para o tratamento da malária, como o Coartem, em 2006, o uso de mosquiteiros impregnados com insecticida e a formação dos técnicos têm contribuído para a redução dos casos, garante Francisco Telles. O médico juntou também o esforço dos órgãos de comunicação social na divulgação e educação sobre a prevenção da malária junto da população em todo o território nacional.
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