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    Livro: Lucas Ngonda levanta debate sobre o “15 de Março”

    “Angola – descolonização, luta pelo poder e a construção de uma nova sociedade” é o título do livro do sociólogo e político Lucas Benghy Ngonda, a ser lançado, hoje, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.

    Editado pela Mayamba, o livro é um ensaio em que o líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) deixa marcado as suas convicções sobre várias questões que marcam a História contemporânea angolana.

    Descrevendo e analisando a sociedade angolana dos anos 50, 60 e 70, o sociólogo põe em exame os fundamentos da política colonial do Estado Novo salazarista, com destaque para o indigenato, o modelo assimilacionista, o trabalho forçado e a consequente reacção das sociedades indígenas que culminou com a luta de libertação nacional.

    E aqui, o nacionalista e histórico dirigente da FNLA reacende o debate sobre o início da referida luta. “Portugal conheceu em Angola muitas revoltas dos nativos, mas não mobilizavam tantas consciências como foi o caso do 15 de Março. (…)

    É a data progenitora de todas as reformas que se seguiram em Portugal sobre Angola e todas as províncias ultramarinas. (…) O verdadeiro dia do início da luta de libertação nacional é o 15 de Março de 1961”, escreve, impondo aqui o seu dever de memória.

    Num segundo momento, o professor universitário e chefe do Departamento de Ciências Sociais da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, desde Maio de 2006, aborda a fase final do longo processo de descolonização e a consequente luta pela tomada do poder, em que destaca as rivalidades entre os partidos políticos nacionalistas.

    A Angola independente é igualmente passada em revista; abordando desde o processo de paz à problemática do desenvolvimento sustentável e a reabilitação dos valores culturais.

    Por fim, o deputado aborda a emergência do fenómeno corrupção, analisando as suas “circunstâncias históricas”, assim como o papel da sociedade civil. “Em Angola, a corrupção não é um fenómeno que apareceu como uma construção da própria sociedade. É uma construção do Estado para subordinar a sociedade ao poder económico daqueles que ocupam o poder do Estado”, escreve o sociólogo.

     

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