O líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Augusto Dias, apelou hoje (sexta-feira), em Luanda, aos angolanos a uma reflexão da história do país para se compreender melhor a realidade por forma a não se adoptar fenómenos e realidades de outros povos.
O responsável da Igreja Universal do Reino de Deus fez este apelo durante a abertura da primeira Conferência Nacional, que visa abordar a “Situação económica, jurídica e social no período 2008 a 2011”.
De acordo com o responsável, não é pretensão da conferência substituir as decisões do Governo, mas oferecer alguns subsídios em virtude do crescimento registado, porquanto a igreja pensa ser oportuno informar os membros, em particular, e a sociedade, em geral, a terem uma visão sobre a actual situação do país.
Durante estes anos, acrescentou, a Igreja Universal tem acompanhado as transformações das mais diversas áreas da vida desde a política, militar, económica e social, bem como a mudança do sistema monopartidário para o multipartidário, da economia centralizada para a do mercado.
Foram ainda observadas neste período as primeiras eleições multipartidárias, o fim do conflito armado e consequentemente as segundas eleições, a grande festa de futebol CAN2010 e a promulgação da nova Constituição da República de Angola.
“A igreja acredita ser pertinente apresentar à nação o seu ponto de vista, mas apelando antes a todos a uma reflexão da nossa história para que possamos compreender melhor a nossa realidade e não nos deixarmos levar por fenómenos de outros povos e de realidades alheias”, disse.
Para si, os mais velhos devem lembrar às novas gerações quanto custou a independência e a paz que se vive hoje no país e que quer uma quer outra foram conquistadas com sacrifício dos filhos e dos amigos de Angola.
Depois de alcançada a paz, disse, é natural que se tenha pressa de reconstruir e de desenvolver o país e ter melhores condições de vida, mas a pressa não significa ausência de paciência, porquanto já se viveu piores momentos e a esperança sempre foi mantida, agora mais do que nunca ela deve ser mantida.
Para o responsável máximo da Igreja Universal em Angola, o período em análise prova que Angola teve a economia que mais cresceu no mundo, apesar dos reflexos da crise económica e financeira, o que não impediu a construção de centralidades e outras obras sociais.
Ainda neste período, a família angolana assistiu uma onda de violência no seio familiar, daí que a Lei contra a Violência Doméstica é bem vinda e está a proporcionar mais diálogo na família. A par disso, deve-se passar mais informações e melhorias no sector de saúde pública, porque a qualidade da saúde está estritamente ligada ao ambiente, daí a necessidade de os esforços serem conjugados por todos na preservação do ambiente, o que passa pelo aumento das campanhas de educação ambiental.
Segundo o religioso, as reformas nos sectores da justiça e da educação marcam uma fase importante na história de Angola, associado a isso estão as eleições deste ano, daí ser importante que todos exerçam o seu dever de cidadania.
Fonte: Angop