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    Liberianos consolidam a democracia

    Chefe de Estado Ellen Johnson-Sirleaf é favorita à vitória no escrutínio presidencial

    Os eleitores liberianos escolhem, desde ontem, em eleições gerais, o Presidente da República e os representantes parlamentares num escrutino considerado essencial para a consolidação da paz e da democracia naquele país da África Ocidental.
    Na capital do país, Monróvia, os eleitores votaram, desde as primeiras horas da manhã, debaixo de uma chuva torrencial.
    Forças da Polícia liberiana e da Missão da Organização das Nações Unidas na Libéria (MINUL) estão espalhadas pelo país para evitar actos de violência durante a realização do escrutínio supervisionado por 4.400 observadores nacionais e mais de 800 internacionais.
    O Gabinete da Imigração e Naturalização da Libéria anunciou o “encerramento total” de todas as fronteiras terrestres do país.
    O comissário do gabinete afirmou que o encerramento é necessário “porque alguns actores políticos continuam a ameaçar entrar em guerra se não forem declarados vencedores o pleito presidencial”.
    Apesar das ameaças, a CEDEAO garantiu que o escrutínio é pacífico e enviou 150 observadores à Monróvia para acompanhar o pleito .
    Cerca de 1,8 milhões de eleitores inscritos de um total de 4,1 milhões de habitantes elegem o Chefe de Estado, os deputados e metade dos senadores do país, que organiza a 50ª eleição presidencial desde o longínquo ano de 1847.

    A candidata pelo Partido da Unidade (UP) e Presidente cessante, Ellen Johnson-Sirleaf, que reforçou o estatuto de favorita ao ser-lhe atribuído o Nobel da Paz, procura a reeleição entre mais 15 candidatos.
    A presidente liberiana Ellen Johnson-Sirleaf, 72 anos, enfrenta forte concorrência do principal opositor, Winston Tubman, do Congresso para a Mudança Democrática (CDC), sobrinho do antigo Presidente Harry Tubman.
    O candidato do CDC, 70 anos, criticou fortemente a atribuição do Nobel da Paz à primeira Presidente eleita em África e considerou-o “apoio determinante da comunidade internacional” à candidata.
    Winston Tubman acusa Ellen Johnson Sirleaf de fracassar na reconciliação do país e de ter feito parte da guerra civil ao apoiar o ex-Presidente Charles Taylor.
    A guerra civil liberiana, de 1989 a 2003, provocou mais de 250 mil mortos, centenas de milhares de feridos e destruiu as infra-estruturas e a economia do país.
    A Libéria, fundada, em 1820, por escravos norte-americanos libertados e enviados para o continente africano, é o mais antigo Estado independente de África e tenta recuperar da guerra  que marcou o  país.

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: AFP

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