É o fim da estrada para o modelo comunista, de automóveis, Lada Classic.
O construtor russo AvtoVAZ pôs fim à produção da viatura de baixo preço da era soviética que, por apenas 2800 euros, foi durante quatro décadas, o símbolo da revolução do proletariado nas estradas no leste da Europa.
“O que é atrativo neste carro é o preço, em especial, no mercado de segunda mão. É muito mais barato que um carro usado de ocasião. Comprei-o em perfeito estado e pelo mesmo preço nunca compraria um carro importado em tão bom estado”.
Inspirado no Fiat 124, o Lada Classic começou a ser produzido nos anos 70 em parceria com a empresa italiana. Mas se o baixo preço, fácil manutenção e durabilidade do automóvel eram motivo de orgulho, a marca tem resistido com dificuldade à queda da União Soviética, menos, é claro, para nostálgicos e colecionadores.
“Todos os carros são iguais. Olhe para eles, todos iguais à excepção dos mais caros, mas que são também uma massa anónima, e eu tenho um carro único, que não passa desapercebido na estrada ou num parque de estacionamento”.
O fim da produção dos modelos Lada Classic ocorre num momento em que a construtora, detida hoje pela Nissan/Renault se enfrenta a uma queda de 15% nas vendas.
Longe da fiabilidade do velho modelo soviético, cerca de 100 mil modelos Kalina, promovidos pelo próprio Putin, foram retirados do mercado devido a várias falhas mecânicas.
Distante dos tempos da guerra-fria, o velho Lada também já não consegue concorrer com as novas viaturas vindas do ocidente.
O capitalismo matou o velho modelo soviético.
Fonte: TPA