
As autoridades egípcias revelaram, ontem, mais pormenores sobre as medidas de emergência adoptadas recentemente para fazer face à subida da violência resultante das manifestações.Todos os casos de violência gratuita, garantiram, vão ser julgados pelo Tribunal de Segurança do Estado em vez de o serem por tribunais militares.O ministro egípcio da Informação afirmou, na quarta-feira, que a lei de emergência “visa apenas os actos de violência gratuita”.
Ossama Heykal declarou que os pormenores dos potenciais activistas políticos e os contenciosos relativos à liberdade de opinião são examinados pelos tribunais civis. A Lei de emergência é temporária, disse, instando “todos os partidos políticos” a ajudarem o Governo a terminar, o mais cedo possível, com este período excepcional.O período de emergência, afiançou, não afecta o início do processo, marcado para o dia 27, que deve culminar com organização das eleições legislativas.
O Egipto anunciou, na semana passada, a aplicação de “medidas rigorosas” na sequência da invasão, no dia 9, da embaixada de Israel no Cairo por manifestantes e dos ataques contra várias instalações do Ministério do Interior.
Um elemento do Governo militar interino, general Mamdouh Shahin, declarou à imprensa que a Lei de emergência continua em vigor até Junho de 2012.O general Mamdouh Shahin disse que a reactivação da Lei de emergência, que se aplica “a bandidos”, pode ajudar o Egipto a regressar à via da estabilidade.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Afp