“Sobre os princípios que nos foram solicitados, estamos de acordo. É preciso um caminho constitucional regular e normal. Mas, como chegar a isso, é o que iremos discutir (…)”, declarou à imprensa o coronel Moussa Sinko Coulibaly, Chefe de Gabinete do líder da junta militar, após uma reunião com o presidente de Burkina Faso, Blaise Compaoré.
O líder de Burkina Faso foi apontado como o mediador da crise do Mali pela Comunidade Econômica do Oeste Africano (ECOWAS), que colocou 2.000 soldados de prontidão para caso a situação no país se deteriore ainda mais.
Rebeldes tuaregues no norte realizam uma ofensiva implacável contra um exército em parte desertado após o golpe.
Compaore se encontrou com três membros da junta por cerca de duas horas neste sábado.
“Tivemos uma troca frutífera e construtiva com as autoridades. O presidente (Compaore) nos assegurou a sua disponibilidade para buscar uma solução construtiva que permita um retorno à ordem constitucional muito rapidamente”, disse Coulibaly.
“Saímos daqui confiantes e esperamos que, em um tempo relativamente curto, chegaremos a um consenso que irá nos permitir a reinstauração de instituições estatais de forma que seja aceitável para todos”, acrescentou.
Ele também ressaltou que a junta “não está lá para confiscar o poder”.
O ministro das Relações Exteriores de Burkina Faso, Djibrill Bassole, disse à AFP que irá se dirigir imediatamente a Bamaco para se encontrar com o líder do golpe, capitão Amadou Sanogo.
O ECOWAS ameaçou na quinta-feira punir o Mali com “um embargo diplomático e financeiro” caso a ordem constitucional não seja restaurada até segunda-feira.
Fonte: AFP