A Polícia Financeira italiana, a pedido do Tribunal de Haia, confiscou esta semana bens da família Kadhafi avaliados em 1,1 mil milhões de euros. O ex-chefe dos Serviços Secretos líbios, Abdullah Senussi, também ficou sem contas bancárias e acções em seu nome em Itália.
De acordo com o tenente-coronel Gavino Putzu, em declarações à televisão SkyTg24, os bens confiscados poderão servir para ressarcir as vítimas do antigo regime sírio.
Os bens á haviam sido congelados em Março de 2011 pelas autoridades italianas, no âmbito das sanções económicas contra o derrubado regime de Tripoli, que foram aprovadas pela UE e ONU após o início do conflito na Líbia.
Acções, contas bancárias e imóveis
Dentre os bens confiscados destaca-se a participação de 1,256% da família Kadhafi no banco Unicredit, o maior de Itália, no valor de 611 milhões de euros.
As autoridades italianas apreenderam, também, a quota de 0,58% no conjunto de accionistas da empresa de hidrocarbonetos Eni, no valor de 410 milhões de euros; os 2% que Kadhafi e família tinham no grupo industrial italiano Finmeccanica, assim como a sua participação nas sociedades da Fiat.
Os bens atribuídos a Kadhafi e pessoas próximas ao antigo ditador estão em nome de dois fundos soberanos líbios, o Libyan Investment Authority (LIA) e o Libyan Arab Foreign Investment Company (LAFICO).
Além das quotas em diversas empresas italianas, a Polícia Financeira confiscou várias contas correntes, assim como 150 hectares de terrenos na ilha de Pantelária, no sudoeste da Sicília, um apartamento em Roma e duas motos, entre as quais uma Harley Davidson.
Fonte: Expresso