O governo de Israel apresentou formalmente um pedido de desculpas ao Egito pela morte de policiais egípcios vítimas de tiros do exército israelense durante operação realizada no mês de agosto na região do Sinai. A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo ministério israelense da Defesa.
“Israel encaminha seus pedidos de desculpas e expressa profunda tristeza e condolências por cada agente de segurança vítima dos tiros israelenses durante o odioso ataque terrorista de 18 de agosto”, escreveu o ministro da Defesa Ehud Barak em uma carta. “Este incidente é uma grande tragédia para os dois países”, acrescenta o texto, evocando a responsabilidade e a obrigação de garantir e reforçar a paz entre os dois países.
A carta foi enviada ao marechal Hussein Tantaoui, o atual chefe de estado egípcio que governa o país desde a queda, em fevereiro, de Hosni Mubarak, um ex-aliado de Israel.
O pedido de desculpas coincide com o anúncio de um acordo feito com a mediação do Egito, entre Israel e o grupo radical palestino Hama para liberar o soldado franco-israelense Gilad Shalit, detido desde 2006, em Gaza, em troca da libertação de mais de mil prisioneiros palestinos.
O pedido é feito após recente inquérito conjunto ordenado por Israel e Egito para investigar as cirscuntâncias da morte de 6 policiais egípcios. Depois de uma série de atentados no sul de Israel, em 18 de agosto, atribuídos a homens armados vindos da região do Sinai, no Egito, que teriam feito 8 mortos, soldados israelenses iniciaram uma perseguição e no tiroteiro 6 policias egípcios foram mortos.
O incidente desencadeou uma grave crise diplomática entre Israel e o Egito.
Fonte: RFI
Fotografia: Reuters