O primeiro-ministro de Israel destituiu este domingo, 22 de Janeiro, Aryeh Deri, ministro que acumulava as pastas do Interior e da Saúde. Em causa as múltiplas condenações por corrupção, numa altura em que se multiplicam as manifestações no país. Ontem, dezenas de milhares de israelitas saíram à rua para protestar contra as políticas do executivo de Benjamin Netanyahu que pretende reformar o sistema Judicial.
Dezenas de milhares de israelitas manifestaram-se em Telavive e em outras cidades do país, em protesto contra os planos do novo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para reformar o sistema judicial.
O novo executivo, que integra várias formações de extrema-direita e ultraortodoxas, considera que um desequilíbrio de poder deu demasiada influência aos juízes e conselheiros jurídicos do governo no processo de elaboração de leis e na própria governação.
Benjamin Netanyahu, que que está a ser julgado por corrupção, promete prosseguir, mesmo com oposição.
Os seus opositores consideram que as intenções do governo podem pôr em perigo os fundamentos democráticos do país. O líder da oposição, Yaer lapid, diz que se trata de uma manifestação a favor do país e que não vão desistir até ganhar a batalha.
“Esta é uma manifestação a favor do país. Pessoas que amam o país vieram aqui defender a sua Democracia, defender os seus tribunais, defender a ideia de coexistência e de bem comum (…) de acordo com os valores da Declaração da Independência. Não desistiremos até ganharmos”, explicou.
Já o antigo juiz do Supremo Tribunal, Ayala Procaccia, defendeu que o povo israelita não irá aceitar “a destruição dos valores básicos do seu sistema”.
Este domingo, o chefe do executivo destituiu o rabino ultraortodoxo Aryeh Deri, ele que acumulava as pastas de ministro do Interior e da Saúde, na sequência da decisão do Supremo Tribunal que ordenou a sua saída do governo devido a múltiplas condenações por corrupção.