As autoridades governamentais da província da Huíla estão a estimular e a intensificar a produção de cereais para acabar, nos próximos tempos, com a importação de milho, massango e massambala.
O governador provincial da Huíla, Isaac Maria dos Anjos, disse que o Executivo criou programas que visam fomentar a actividade do campo, com a concessão de crédito agrícola.
Na província da Huíla, disse, existem muitas áreas aráveis. Por isso, a produção de milho, massambala e massango pode ser feita em grande escala e exemplificou que, só a nível do município do Cuvango (315 quilómetros a leste da cidade do Lubango), existem 300 mil hectares de terras aráveis para a produção de cereais.
Isaac dos Anjos pediu aos habitantes da Huíla, entre empresários, agricultores, camponeses, autoridades tradicionais e não só, a reflectirem para que tal objectivo seja alcançado a partir de Dezembro.
O governador referiu que existem na província muitos hectares de terra aráveis disponíveis e assegurou que os jovens podem produzir milho.
Isaac dos Anjos afirmou que a agricultura melhora as condições de vida da população e deu o exemplo da Zâmbia, que produz milho em grandes quantidades e exporta.
O governante acrescentou que não há razão para importar milho, massango e massambala na província da Huíla, pois existe um clima adequado, os recursos hídricos são abundantes e o povo pode produzir em grande escala.
Isaac dos Anjos sublinhou a importância da mobilização dos camponeses, agricultores e não só, para gerar mais empregos. Exortou também os camponeses a unirem-se em cooperativas para receberem crédito de forma facilitada e aumentarem os níveis de produção. “Precisamos de nos mobilizar para gerar mais emprego. Entre todos, temos que encontrar soluções para aumentar a economia das famílias, com a utilização racional dos bens postos à nossa disposição”, exortou.
Isaac dos Anjos informou que existem muitos empresários interessados em investir e trabalhar na província da Huíla. Por isso, pediu às autoridades administrativas e tradicionais a ajudarem os empresários ou pessoas singulares que queiram investir na região.
“Vamos receber gente para trabalhar. Há muitos empresários interessados em investir na Huíla e muitas vezes encontram dificuldades, porque os nossos sobas não ajudam. O empresário quer montar uma fazenda e precisa de uma área grande para meter tractores e encontra dificuldades”, disse.
Fonte: JA
Fotografia: Arão Martins