Os irlandeses, de acordo com as projecções de voto, terão ratificado o Tratado Orçamental, com uma votação favorável, da ordem dos 60 por cento.
O referendo decorreu na quinta-feira. mas a contagem decorre um dia depois. Os primeiros resultados oficiais confirmavam as projecções. O SIM liderava com 60 por cento.
O Primeiro-Ministro, Enda Kenny, diz que é um grande sinal enviado ao mundo:
“O povo irlandês enviou um sinal poderoso, a todo o mundo, dizendo que se trata de um país que é sério, que sabe superar os seus desafios económicos. Como disse, durante toda a campanha, este Tratado não irá resolver todos os problemas do país, mas é um dos muitos alicerces de que precisamos, para pôr em prática, para garantir, que a nossa situação económica fica em terra firme para o futuro”.
A afluência às urnas foi de apenas 57 por cento, o que retira dimensão a esta vitória.
O Sinn Fein, que fez campanha pelo NÃO, desvaloriza o referendo e enfatiza a abstenção
Para Dessie Ellis, do Sinn Fein, isto significa que vem aí mais austeridade:
“Bem, eu acho que este governo provou que não está a ouvir as pessoas. De uma forma ou de outra, eles ainda não ouviram o que foi dito no passado. Mas, certamente, as pessoas estão a enviar uma mensagem muito forte, que já chega de austeridade e que o governo precisa de uma mudança de direcção. Infelizmente, este Tratado de austeridade vai amarrar-nos a mais programas de austeridade”.
A Irlanda continua numa situação difícil, com um setor financeiro que é dos mais expostos à crise internacional.
Tem ainda uma dívida pública que se aproxima dos 120 por cento do PIB.
Fonte: Euronews