As fortes chuvas que assolaram nos últimos sete dias a capital de Cabo Verde, com particular intensidade na quarta-feira, provocaram vários estragos, sobretudo devido a inundações, mas não causaram vítimas.
O balanço foi feito na quinta-feira à tarde pela Câmara Municipal da Cidade da Praia, que dá conta de que os principais constrangimentos continuam a ser a falta de drenagem, meios técnicos, equipamentos e recursos financeiros.
No entanto, desde que o mau tempo começou a assolar o arquipélago, duas pessoas morreram – uma na ilha do Fogo, na segunda-feira, quando um habitante local tentou atravessar uma ribeira, e outra na de Santo Antão, na quarta-feira, quando um idoso foi atingido na cabeça por uma das muitas pedras que deslizaram de um monte.
Com a chuva de quarta-feira, a mais forte dos últimos dias, o solo já está saturado em alguns locais da capital, o que, diz a Câmara, tem contribuído para o escoamento superficial e o arrastamento de terra.
“Globalmente, o sistema de drenagem funcionou e devem verificar-se melhorias consideráveis devido às infra-estruturas entretanto construídas, embora continuem a existir pontos críticos, que vão merecer intervenções de fundo”, adianta a edilidade, em comunicado.
Na altura em que a chuva intensa se abateu sobre a Cidade da Praia, o ministro das Infra-estruturas e Economia Marítima cabo-verdiano, José Maria Veiga, indicou que o mau tempo que assolou todo o arquipélago nos últimos dias provocou estragos no valor de 500 mil contos (cerca de 6,32 milhões de dólares).
Num balanço sobre o mau tempo, o ministro cabo-verdiano indicou que praticamente todas as nove ilhas habitadas do arquipélago foram atingidas, com os maiores estragos a registarem-se nas do Fogo, Maio e Santo Antão.
José Maria Veiga disse que o governo já tem verbas inscritas no Orçamento de Estado (OE) para 2012 para fazer face aos danos provocados pelas chuvas.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: DR