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    Inaugurações de Nyusi não representam desenvolvimento equilibrado, opinam especialistas

    É preciso travar a corrupção para eliminar as assimetrias, dizem

    O director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, diz que as inaugurações que o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nusi, tem estado a fazer, estão longe de constituírem a ideia de um desenvolvimento equilibrado.

    O Presidente Filipe Nyusi, afirmou, no passado fim-de-semana, na província nortenha do Niassa, que ele e o seu Governo têm pressa em promover um desenvolvimento equilibrado do país.

    Ele falava após inaugurar a rede eléctrica do Posto Administrativo de Macaloge, no distrito de Sanga, e realçou que a provisão de serviços básicos de energia, saúde, educação e água é essencial para a remoção das assimetrias regionais.

    Assimetrias são reais

    Para o director do CDD, as assimetrias regionais “são a realidade de Moçambique, e em termos de desenvolvimento, o país estagnou; é verdade que há inaugurações aqui e acolá, mas não são inaugurações que estão longe de promover o esperado desenvolvimento e muito menos de constituírem a ideia de desenvolvimento equilibrado”

    Nuvunga disse que o Governo de Moçambique, a meio do seu segundo mandato, “está completamente à margem daquilo que é o desiderato do desenvolvimento, “porque Moçambique está viver a sua pior crise económica e social por causa das dívidas ocultas, e estas iam na contra-mão do desenvolvimento”.

    Filipe Nyusi inaugura sistema de abastecimento de água em Manica, Moçambique.
    (DR)

    Decisões corruptas

    Ele realçou que Moçambique “está a viver as consequências dessas decisões corruptas que foram tomadas, relativamente a essas dívidas; então, não se pode, em Moçambique, dizer que se está a promover o desenvolvimento, muito menos o desenvolvimento equilibrado, sem que o Governo esteja a promover uma acção contra a corrupção”.

    Na opinião do professor Custódio Fernandes, “só acções muito concretas podem tirar as províncias do Niassa, Cabo Delgado, Zambézia, Inhambane e Gaza do estado de subdesenvolvimento em que se encontram e com índices de pobreza bastante elevados”.

    “Hoje ninguém pode negar que as assimetrias regionais são um facto em Moçambique”, afirmou o director executivo da Sekelekani, instituição moçambicana de promoção de comunicação para o Desenvolvimento, Tomás Vieira Mário.

    Por seu turno, o coordenador de Projectos na organização Observatório do Meio Rural, João Feijó, defende que o Estado deve apostar fortemente em investimentos públicos na zona norte do país, como forma de reduzir as assimetrias regionais.

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    FonteVoA

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