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    Hospital reforça assistência médica

    Alargamento dos serviços de saúde após a conclusão das obras vai garantir qualidade e tratamento adequado dos pacientes

    O director do Hospital Materno Infantil do Kilamba Kiaxi, Renato Palma, revelou que, após a conclusão das obras de construção e ampliação, a unidade vai aumentar a capacidade de internamento para 300 pacientes e criar as áreas de nutrição e serviços neo-natal.
    Em declarações ao Jornal de Angola, o médico cirurgião justificou que a área de nutrição surge em função do elevado índice de crianças mal nutridas que chegam todos os dias ao hospital.
    “Já se faz sentir a necessidade dessa área para evitar a transferência dos pacientes para outras unidades, porque, muitas vezes, os médicos ficam insatisfeitos por não haver o devido acompanhamento dos pacientes que eles transferem para as outras unidades”, disse o gestor hospitalar.
    Renato Palma assegurou que o hospital quer ter e reforçar o serviço para ser capaz de dar o melhor atendimento aos recém-nascidos e ser referência a nível da província de Luanda.
    Para tal, o Hospital do Kilamba Kiaxi, que atingiu a categoria de provincial em 2007, vai contar com equipamentos modernos e formar quadros técnicos para poderem prestar um melhor serviço de cuidados intensivos à população.
    A reabilitação do hospital está a decorrer em duas fases. Sem dizer datas, o médico afirmou que a primeira fase, que levou à demolição do edifício antigo e à construção de um novo de dois andares, deve estar concluída em breve.
    A segunda fase vai abarcar toda a actual zona em funcionamento, desde a velha maternidade à área de pediatria.

    Com o lema “Hospital amigo da mãe e da criança”, passou a ser materno-infantil, dando maior atenção à mãe e à criança. A instituição, que tem 338 enfermeiros, 22 médicos, 17 técnicos de estomatologia, 18 de laboratório e 15 de raio X, regista uma redução de casos na época do Cacimbo. À área da pediatria chegam, diariamente, entre 125 e 150 pacientes e à maternidade entre 50 e 70 mulheres, sendo realizados, em média, 27 partos por dia.
    Além disso, tem serviços de prevenção da transmissão vertical para crianças e adultos e faz o acompanhamento das pessoas portadoras do VIH e de mulheres que deram à luz por cesariana noutras unidades hospitalares.
    Actualmente, não está a ser realizado qualquer tipo de cirurgias devido às obras que estão em curso.

    Cultura de prevenção

    O médico cirurgião afirmou que o hospital continua a receber muitos casos no Banco de Urgência, que seriam evitados se a população recorresse atempadamente ao hospital ou tomasse as devidas medidas de prevenção.
    “As nossas comunidades ainda não têm a cultura de fazer consultas periódicas para evitar quaisquer gravidades, por isso associam o banco de urgência à necessidade peremptória de fazer uma consulta ou ter contacto com o médico”, admitiu o médico, para quem a situação causa sobrecarga na assistência médica e diminui a qualidade dos serviços. A partir do mês de Novembro e até Maio, altura em que mais chove em Luanda, o hospital regista o dobro dos doentes, sobretudo na área pediátrica. O paludismo, doenças respiratórias e diarreicas são as mais frequentes.
    Renato Palma defendeu que a falta de informação às populações pode ser uma das razões para as enchentes registadas nas unidades hospitalares e defendeu uma maior divulgação da especificidade de cada unidade sanitária.
    “Em caso de um acidente junto de um hospital com perfil materno infantil, as vítimas devem merecer os primeiros socorros e, de seguida, ser transferidas para uma unidade de referência. Por incompreensão e desconhecimento, as pessoas fazem outras exigências e estrangulam o funcionamento do hospital”, explicou.Na sua perspectiva, com os investimentos que o Executivo tem feito no sector da Saúde, a população começa a confiar nos hospitais.Devido à reabilitação, o hospital desactivou as áreas de imageologia, bloco operatório e o centro de aconselhamento. “Continuamos a fazer a testagem voluntária, mas o aconselhamento é feito pelos técnicos que foram redistribuídos pelas outras unidades hospitalares do município”, frisou, adiantando que esse pessoal vai estar de regresso quando as obras forem concluídas.

    Falta de energia e vias de acesso

    A principal dificuldade apontada é a falta de energia eléctrica há vários meses, o difícil acesso ao hospital, por a estrada estar esburacada, e os resíduos sólidos e líquidos que se encontram à volta da unidade sanitária.
    “A falta de energia tem sido o principal calcanhar de Aquiles”, afirmou, realçando que o mercado informal à volta do hospital dificulta o saneamento básico da zona e, consequentemente, a recolha do lixo hospitalar.

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: Jornal de Angola



     

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