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    Habitantes destacam progressos registados

    Vista parcial da vila de Mucaba onde estão a ser erguidas várias infra-estruturas sociais para melhorar o nível de vida da população

    Ruas movimentadas e muito agitadas. A vila de Mucaba está em festa. Logo às primeiras horas da manhã, pessoas de vários estratos sociais, que conduzem motorizadas e viaturas, procuram o melhor lugar para desfrutar das iguarias e bebidas postas à disposição dos habitantes, naturais e amigos do município, que participaram na primeira edição das Festas de Mucaba, de 1 a 3 do corrente mês. A vila, fundada no dia 1 de Setembro de 1971, comemorou 40 anos, desde que foi elevada à categoria de sede de município.
    Os habitantes festejaram com euforia e muita emoção o 40º aniversário do município, onde o Gabinete Técnico de Gestão dos Projectos de Investimentos Públicos (GTG-PIP) da província do Uíge e a administração municipal, levam a cabo várias iniciativas no âmbito dos Fundos de Gestão Municipal (FUGEM) e do Programa de Combate à Fome e à Pobreza, que têm permitido melhorar as condições de vida das populações.
    Hélder António “RC”, músico, deixou a sua terra natal há três anos e foi à procura de melhores condições de vida na capital do país, Luanda. O jovem ouviu falar da realização da primeira edição das festas de Mucaba e não quis perder o mínimo detalhe das actividades programadas em saudação ao 40º aniversário da localidade. Hélder António “RC” ficou surpreendido com os avanços socioeconómicos que o seu município apresenta.
    “Há pouco tempo que deixei de viver aqui, no Mucaba, mas muita coisa já mudou. A rua principal da vila está completamente asfaltada, a estrada que liga o município à cidade do Uíge também está em fase de conclusão e foram construídos vários postos de saúde nas aldeias, escolas e residências, até parece um milagre”, enfatizou.
    O músico elogiou os esforços do governo provincial, sobretudo da administração local, que tem sabido direccionar os seus projectos com base nas necessidades da população. Para ele, estas acções representam a preocupação do Executivo na melhoria das condições de vida das populações, oferecendo serviços de qualidade nos sectores da educação, saúde, energia e águas, entre outros.
    Victor dos Santos, outro habitante local, nasceu em Luanda e trabalha há mais de um ano no município de Mucaba. Pedreiro de profissão, o jovem presta o seu contributo na reconstrução da região.
    Quando chegou ao município, encontrou uma situação desoladora, sobretudo nas aldeias. Mas hoje, afirma, a situação é diferente.

    O modo de vida das populações evoluiu e o trabalho agrícola deixou de ser a única actividade desenvolvida pelas populações locais. “A imagem da vila de Mucaba é outra, as casas estão todas pintadas, a energia eléctrica é fornecida diariamente, embora somente no período nocturno.
    As ruas estão iluminadas e surgem cada vez mais lojas, minimercados e espaços para o lazer da juventude”, sublinhou.
    Adelina Maria de Fátima, administradora municipal interina, disse que a melhoria dos serviços de saúde e educação, assim como as acções de desenvolvimento agrícola, constituem as principais iniciativas locais do Governo, para combater a fome e a pobreza no seio das populações da região.


    Novas infra-estruturas

    “Melhores condições de vida das populações estão estritamente relacionadas com a boa prestação dos serviços de saúde, educação, aumento da produção agrícola e o fornecimento de energia eléctrica e água potável”, disse a administradora  Adelina Maria de Fátima.
    No município de Mucaba estão a ser erguidas e reabilitadas várias infra-estruturas sociais e económicas, como escolas, postos de saúde, centros médicos, mercados, sistemas de energia eléctrica, entre outros, no âmbito do Programa de Combate à Fome e Pobreza.

    Boas perspectivas agrícolas

    O chefe da Estação de Desenvolvimento Agrário do Mucaba, Monís Jorge, está esperançado nos resultados da próxima colheita.
    O responsável referiu que a introdução de novas técnicas de cultivo, a implementação de sementes melhoradas e os hectares de terra cultivados vão permitir que mais banana, mandioca, batata-doce e rena, inhame, amendoim, milho, feijão e hortícolas sejam recolhidos no próximo ano.
    “A produção das famílias e das associações de camponeses está a crescer. A introdução de novas técnicas, como a utilização do compasso e a distribuição de sementes de outras culturas, provenientes da Estação Experimental da província de Malange e do Instituto de Desenvolvimento Agrário, estão a contribuir para a massificação da actividade na região”, disse.
    Monís Jorge referiu que, no município de Mucaba, o cultivo ainda é feito manualmente, mas os camponeses locais foram capazes de lavrar 11.474 hectares de terra, que vão permitir colher mais de mil toneladas de produtos em 2012. “Recebemos um tractor e estamos apostados em preparar mais campos agrícolas para serem distribuídos aos camponeses deste município. Com isso, prevemos também que os camponeses venham a lavrar mais de vinte mil hectares de terra no próximo ano”, concluiu o chefe da Estação de Desenvolvimento Agrário do Mucaba.


    Terreno preparado para casas

    O Instituto Nacional de Desminagem entregou oficialmente, na quarta-feira, ao governo do Uíge, livre de engenhos explosivos, a reserva fundiária do Quipumba II, onde vão ser construídas 200 casas sociais.
    As 200 casas no Quipimba II, a cerca de dois quilómetros da sede municipal de Mucaba, fazem parte do programa do Executivo angolano de construção, até 2012, de um milhão de fogos habitacionais.
    Dos 573.460 metros quadrados de terrenos pesquisados em 91.605 metros quadrados foram removidos engenhos explosivos e outros metais.
    O representante do Instituto Nacional de Desminagem disse, ao Jornal de Angola, que a operação durou sete meses e permitiu a remoção de uma mina anti-pessoal do tipo M35, 14 engenhos explosivos, entre os quais obuses de canhão PG-9, canhão de 75 mm, D-6,  morteiros de 60 mm, RPG-7, propulsores e munições de Castor e ZU. Mais de 16 mil objectos metálicos diversos também foram removidos do local.
    A administradora municipal adjunta de Mucaba, Adelina de Fátima, anunciou que o início da construção das casas sociais está previsto para o último trimestre deste ano.

     

    António Capitão | Mucaba

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: António Capitão

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