O director nacional de Habitação, Eugénio Alexandre Correia, disse, no município de Viana, que desde o fim do conflito armado, a construção de habitações tem constituído uma obrigação prioritária do Executivo.
O director nacional de Habitação disse que é obrigação do Executivo criar condições para que cada cidadão possa desfrutar de uma habitação condigna, com vista a garantir qualidade de vida.
Eugénio Correia fez esta declaração quando dissertava numa palestra subordinado ao tema “Habitação: uma preocupação inevitável da Juventude”, numa iniciativa da Casa da Juventude de Viana. A iniciativa visou informar os jovens sobre aspectos inerentes à vida social, cultural, económica e desportiva. “È preocupação do Executivo através das suas estruturas dar corpo à materialização deste objectivo, que desde o fim do conflito armado tem constituído uma obrigação prioritária para minimizar o problema”, disse.
Eugénio Correia disse que existe uma norma que estabelece: “todo o cidadão tem direito a habitação e a qualidade de vida”, salientou. O local em que as habitações são erguidas tem as condições exigidas de habitabilidade, como o saneamento, a água e energia, vias de acessos para que os cidadãos possam viver bem.
Eugénio Correia lembrou que em 2009, o Executivo aprovou o Programa Nacional de Urbanismo e Habitação que, segundo explicou, continua a ser materializado com surgimento de novas habitações em todo o país. Ao referir a requalificação que se verifica em todo o país, frisou que “já existem milhares de habitações construídas e podemos fazer aquilo que tecnicamente se chama de requalificação nos musseques, uma acção que visa melhorar as condições sociais”.
Projecto Kilamba
A cidade do Kilamba foi inaugurada oficialmente a 11 de Julho de 2011, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e é considerada como maior projecto habitacional depois do alcance da paz em Angola. A cidade está situada no município de Belas, localizada 20 quilómetros a sul do centro da capital. O projecto foi concebido para desenvolver em três fases, com um total de 82 mil apartamentos, numa área de 54 quilómetros quadrados. A primeira pedra do empreendimento foi lançada no dia 31 de Agosto de 2008.
A primeira fase do empreendimento foi prevista para alojar 19 mil pessoas em 115 edifícios, num total de 3.180 apartamentos, erguidos em padrão urbano com serviços públicos integrados, como escolas e instituições financeiras.
Neste momento a cidade tem 48 lojas, parques de estacionamento, paragens de transporte públicos, 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito secundárias e 50 quilómetros de estradas.
Estão concluídas as infra-estruturas sociais, como escolas primárias e secundárias, com espaços desportivos. As estações de tratamento de água potável e a de tratamento de águas residuais estão prontas para utilização e duas subestações eléctricas fornecem energia à cidade.
A cidade do Kilamba foi construída sem barreiras arquitectónicas, de modo a que as pessoas portadoras de deficiência possam circular de forma autónoma e com segurança. A cidade dispõe também de um hospital, clínicas e está prevista a construção de pelo menos 12 centros de saúde.
Os edifícios têm depósitos selectivos de lixo, de modo a que a recolha de resíduos seja feita com uma selecção ecológica, para garantir a qualidade de vida da população.
FONTE: JA