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    Guiné-Bissau: Soldados e polícias aos tiros em Bissau

    Soldados das forças armadas da Guiné-Bissau atacaram membros da Polícia de Intervenção Rápida quando estes tentavam por termo a uma manifestação levada a cabo por apoiantes do candidato presidencial Braima Djalo.

    Os manifestantes queimavam pneus em frente à Comissao Nacional de Eleições quando foram confrontados pela polícia que se viu depois atacada por um grupo de soldados. Estes detiveram e espancaram os policias que tentavam repõr a ordem.

    Os soldados alegaram que os elementos da polícia teriam feito uso de armas de fogo, o que testemunhas disseram não ser verdade

    Os manifestantes estavam a protestar o facto de não poderem votar nas presidenciais de 18 de Marco, porquanto não estão recenseados.

    Isto porque a CNE (Comissão nacional de Eleições) não conseguiu actualizar os cadernos eleitorais por imperativo constitucional. A constituição prevê que as eleições presidenciais tenham lugar no prazo de 60 dias após ao impedimento definitivo do Presidente da Republica, neste caso em concreto, depois da morte de Malam Bacai Sanhá.

    Este prazo foi prazo considerado muito curto pela Comissão Nacional de Eleições, que alias já tinha avançado com duas datas para escrutínio, (Abril ou Junho), justamente para permitir o recenseamento das pessoas que atingiram a idade de votar.

    Isso foi contudo rejeitado pelas forças políticas do país, por não respeitar a constituição.

    O incidente de segunda-feira entre elementos do exércio e da polícia foi considerado resolvido depois da intervenção da Ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Maria Adiato Djalo Nandigna, que actualmente detém a chefia do Governo, junto do Estado-maior General das Forcas Armadas.

    Os militares repetiram que intervieram depois de terem sido efectuados disparos fazendo notar que a sede da CNE, em frente da qual se realizavam as manifestações fica a alguns metros do Estado-maior General.

    O Presidente da Republica interino, Raimundo Pereira, esteve reunido com as partes, nomeadamente a Chefia militar, dirigida por António Indjai, e a Primeira-ministra interina, Maria Adiato Djalo Nandigna pra discutir o assunto.

    Fonte: VOA

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