O ex-Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e o ex- primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, derrubados por um golpe militar em 12 de abril, chegaram esta noite à capital da Costa do Marfim, noticia a AFP.
A libertação dos dois dirigentes guineenses pelo Comando Militar, designação do grupo que os derrubou, ocorreu a 48 horas do fim do ultimato dado pelos chefes de Estado da África Ocidental aos golpistas.
Em declarações à imprensa, em Francês, Raimundo Pereira agradeceu ao chefe de Estado costa-marfinense, Alassane Ouattara, que é o presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). A Costa do Marfim “é também o nosso país”, disse, sem mais comentários.
A libertação dos dois dirigentes derrubados é “um bom sinal”, considerou o ministro costa-marfinense da Integração Africana, Adama Bictogo.
Não foi dada qualquer indicação quanto à duração de pereira e Gomes em Abidjan.
Uma delegação de chefes de Estado-Maior da CEDEAO teve hoje uma reunião prolongada, à porta fechada, no aeroporto de Bissau com o seu homólogo guineense, Antonio Indjai, acusado pelo antigo poder de ser o cérebro do golpe.
No final do encontro, o porta-voz da junta militar, Naba Na Walna, anunciou um acordo sobre a duração de um período de transição de 12 meses, em vez dos dois anos pretendidos pela junta, bem como a instalação de uma força militar da CEDEAO com 500 a 600 efetivos.
FONTE: Diário de Notícias/Lusa