Uma etapa preliminar da elaboração do mapa geológico de Angola, referente à parte nordeste do país, foi concluída pelo grupo russo Alrosa, com indicações de existência de um assinalável potencial em corpos quimberlíticos e aluvionares.
A informação foi prestada em Luanda pelo conselheiro principal do presidente da Alrosa, Serguey Mitnkin, durante uma palestra de apresentação de um estudo sobre investigação geológico-mineira para a criação do mapa geofísico e mineralógico das áreas diamantíferas de Angola.
Serguey Mitnkin referiu que o trabalho, iniciado em Maio do ano passado, foi realizado em diferentes camadas, como áreas de concessão, sobre o potencial diamantífero de quimberlitos e outras formações.
O conselheiro da Alrosa sublinhou que, no nordeste do país, a dimensão dos campos quimberlíticos conhecidos não é tão relevante. “Nesta zona, 50 por cento dos campos de quimberlitos ainda não foram descobertos”, afirmou.
Entretanto, para um melhor desempenho, o conselheiro chamou à atenção para a necessidade de os dados geofísicos levantados serem entregues de forma digitalizada, de modo a que o trabalho de prospecção e exploração pelos concessionários seja desenvolvido com maior eficácia.
Por outro lado, o director de descobertas de potencial geológico de novos territórios da Alrosa, Victor Ustinov, referiu que existem quimberlitos no sudeste do país. Nesta zona existem depósitos aluvionares e quimberliticos que devem ser estudados, adiantou.
Victor Ustinov referiu que a Alrosa continua a recolher materiais geofísicos no quadro da cooperação om a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama).
“Os resultados apresentados têm um carácter preliminar e até ao final de 2012 temos a intenção de terminar a primeira etapa da nossa cooperação”, disse.
Figuram na primeira etapa desse processo, o estudo geofísico do território angolano, bem como das áreas de geologia, distribuição dos corpos quimberlíticos e dos depósitos aluvionares. Até ao momento, foram descobertos no país mais de mil corpos quimberlíticos. Para descobrir um campo desses, é necessário encontrar até 200 chaminés quimberlíticas.
“Nós consideramos que em Angola o potencial de depósitos de diamantes ainda não descobertos é muito elevado. Os indicadores disso são os jazigos aluvionares existentes” disse Victor Ustinov.
Fonte: JA