O Grupo Lima, que inclui uma dúzia de países latino-americanos e o Canadá, manifestou preocupação com a presença de dois aviões militares russos na Venezuela e expressou sua “condenação a qualquer provocação” que ameace a paz regional, segundo um comunicado divulgado na terça-feira pela chancelaria argentina.
Os países do Grupo Lima “expressam a sua preocupação pela chegada de dois aviões militares russos à República Bolivariana da Venezuela e, nesse sentido, reiteram sua condenação a qualquer provocação ou desdobramento militar que ameace a paz e a segurança na região”, diz o texto.
Além disso, o Grupo Lima renovou “seu apelo às nações que ainda mantêm laços de cooperação com o regime ilegítimo de Nicolás Maduro, para ajudar a facilitar a busca de soluções que abram caminho para a restauração da democracia e da ordem constitucional em Venezuela”.
Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, que assinaram o comunicado, reconhecem como presidente interino da Venezuela Juan Guaidó, chefe do parlamento da maioria de oposição.
Guaidó denunciou nesta terça-feira que a presença de aviões e militares russos, chegados à Venezuela no último sábado, viola a Constituição do país.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores russo disse que “está expandindo sua cooperação com a Venezuela com total respeito à Constituição daquele país e com total respeito pela legalidade”, disse a porta-voz Maria Zajarova.