Os dois maiores sindicatos gregos convocam a população grega para uma greve geral de 24 horas nesta quarta-feira. A paralisação será a terceira do ano. O protesto é contra as medidas de austeridade suplementares em preparação.
Em discussão estão cortes de salários e aposentadorias, além da implantação de reformas estruturais para modernizar o Estado, estímulos à concorrência e combate à corrupção. Essas medidas poderiam ajudar a Grécia a reduzir em 11,6 bilhões de euros das despesas públicas e aumentar as receitas em dois bilhões de euros. A aprovação do pacote pelo parlamento é a condição para desbloquear uma parcela de 31,5 bilhões de euros em empréstimos da União Europeia e Fundo Monetário Internacional.
A necessidade de uma terceira intervenção de ajuda parece ganhar terreno entre parceiros e credores. Mas a troica de credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) está em difíceis negociações com o governo de coalizão dirigido por Antonis Samaras.
O ministério grego das Finanças confirmou nesta terça-feira que um possível reescalonamento do reembolso devido ao BCE estava sendo “examinado” a fim de aliviar o déficit financeiro do país.
A austeridade que tem sido imposta levou a uma baixa do consumo e da atividade. O PIB também está em queda livre. Analistas temem episódios violentos como os que aconteceram em fevereiro, com as manifestações contra o voto do segundo plano de resgate.
