Álvaro de Boavida Neto, que expressou o reconhecimento durante um Culto de Acção de Graças, para saudar o 28 de Junho, consagrado aos mártires da resistência do Kuito, enalteceu os feitos daqueles que deram a vida na defesa da capital daquela província.
A melhor forma de homenagear os mártires da resistência do Kuito, segundo o governador, reside na promoção do desenvolvimento sustentável, baseado nos princípios morais e culturais do amor para com aqueles que lutaram pela causa justa.
O governador da província do Bié convidou toda a população a prestar o seu contributo às tarefas de reconstrução nacional e desenvolvimento económico, e trabalhar na preservação da paz e reconciliação nacional.
Em 1992, a cidade do Kuito ficou sitiada durante nove meses, tendo a sua população resistido às investidas militares, fome, nudez e outras calamidades resultantes da guerra, que vitimou milhares de cidadãos, e obrigou outros tantos a deslocarem-se para outras localidades do interior da província, à procura de tranquilidade e condições de sobrevivência.
Cerca de 7 mil pessoas, entre civis e militares, morreram durante a guerra no Kuito, tendo a maioria dos mortos sido enterrados em lugares impróprios, como quintais, jardins e pátios. O Executivo aprovou um programa de exumação e inumação, bem como a construção do Cemitério Monumento, onde repousam os restos mortais dos mártires do Kuito.
Além do governador da província do Bié, também renderam homenagem aos mártires da batalha do Kuito os membros do governo local, autoridades tradicionais e eclesiásticas, Polícia Nacional, Forças Armadas Angolanas (FAA), partidos políticos e representantes da sociedade civil.
Fonte: Jornal de Angola