A Biblioteca Britânica anunciou, ontem, na sua página online, que estabeleceu uma “parceria estratégica” com a Google para a digitalização de parte dos documentos históricos arquivados na instituição, que passam a estar disponíveis na Internet.
O acordo, que não obriga a qualquer pagamento, referiu a Biblioteca Britânica, permite acesso livre dos internautas, em qualquer local do mundo, a vários textos que remontam ao século XVIII.
Livros, jornais, mapas, fotografias, selos, patentes, sons e manuscritos fazem parte do acervo da biblioteca, num total que ultrapassa os 150 milhões de itens.
O acordo, assinado pelo director-geral da Biblioteca Britânica, Dame Lynne Brindley, e pelo director de relações públicas da Google, Peter Barron, contempla apenas os textos literários e científicos já não sujeitos a direitos de autor.
A “parceria estratégica” entre a Google com a instituição britânica vai ser semelhante às que a empresa norte-americana tem com 40 outras bibliotecas nacionais.
O acordo, frisa a página de Internet da biblioteca, permite igualmente pesquisar, consultar e copiar os textos disponibilizados online. Os custos da digitalização ficam a cargo da Google, que vai fazer uma reprodução para uso próprio e outro para o site da Biblioteca Britânica, que recebe um milhão de visitantes anualmente.
A Biblioteca Nacional do Reino Unido, uma das maiores do mundo, recebe, todos os anos, para a sua colecção cerca de três milhões de itens. O seu espaço para a leitura tem capacidade para 1.200 leitores.
A instituição disponibiliza informações para estudantes, pesquisadores de ciências específicas e executivos do mundo. Anualmente, seis milhões de buscas são feitas pelo seu catálogo online e mais de cem milhões itens fornecidos a leitores de todo o mundo.
Entre as colecções especiais constam o caderno de anotações de Leonardo da Vinci, material de 300 a.C., a Carta Magna, a gravação de um discurso de Nelson Mandela, cerca de 50 milhões de patentes, 310 mil volumes de manuscritos, de Jane Austen a James Joyce, de Handel aos Beatles, mais de 260 mil títulos de jornais e mais de quatro milhões de mapas.
Fonte: Jornal de Angola