As escolas primárias e do primeiro ciclo na Huíla passam a ter, ainda este trimestre, autonomia financeira, com a entrada em vigor do programa de comparticipação dos pais e de encarregados de educação.
O vice-governador provincial para área política e social fez o anúncio, na sexta-feira, num encontro com a direcção da Escola de Formação de Professores do Lubango e docentes.
José Arão, que também visitou o Instituto Médio de Economia do Lubango, garantiu que “os problemas básicos” que as escolas vivem ficam resolvidos com as receitas provenientes do programa de comparticipação.
Os valores arrecadados vão ser geridos por comissões de pais e de encarregados de educação, em parceria com as direcções das escolas, o que contribui, referiu, para a melhoria das condições de ensino.
Com as receitas, salientou, podem ser construídas mais salas, garantir o abastecimento de água e de energia às escolas, contratar empregados de limpeza, guardas e jardineiros e adquirir equipamentos e meios de transporte para os funcionários.
O vice-governador disse que as verbas também vão servir para custear despesas de manutenção das escolas, com equipamentos de superação dos professores, troca de experiências entre alunos de diferentes instituições e realizar várias actividades.
José Arão disse acreditar que a entrada em vigor das comparticipações abre uma nova era, sobretudo para as escolas primárias e do primeiro ciclo, que não possuíam um orçamento. O vice-governador pediu às direcções de escolas e às comissões de pais e de encarregados de educação que sejam transparentes na gestão dos recursos e desenvolvam projectos para a melhoria da qualidade de ensino.
O director provincial da Educação afirmou que as escolas primárias e do primeiro ciclo têm ainda necessidades de vária ordem devido à falta de um orçamento próprio, pelo que a medida agora adoptada vai ajudar a inverter a situação. Américo Chicote disse que grande parte das escolas primárias e do primeiro ciclo da província enfrentam problemas referentes ao abastecimento de energia e de água potável, de espaços verdes e de lazer e de falta de verbas apropriadas.
Estas receitas provenientes do programa de comparticipação, referiu, vão servir não apenas para resolver problemas básicos, mas também para criar novos projectos, como espaços de informática, instalação de Internet, aquisição de geradores e construção de salas.
André Amaro| Lubango
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: André Amaro