Félix Moisés Wpongo, em entrevista, há dias, à rádio local, sublinhou a necessidade das autoridades combaterem o garimpo ilegal de diamantes, “para que os estrangeiros percam o interesse de violar a fronteira”.
O oficial da Polícia realçou que o fenómeno da imigração ilegal está também associado ao comércio e denunciou a existência de comités de recepção que “movimentam muito dinheiro e pessoas”. Esses comités, disse, acolhem grupos de 50 a 60 pessoas.
O superintendente disse que a Polícia Nacional a está a fazer “um grande esforço” para manter protegidas as fronteiras nacionais, mas, referiu, “a grande extensão fronteiriça da província da Lunda-Norte com a República Democrática do Congo, de 770 quilómetros, impede a sua cobertura total”.
Félix Moisés Wpongo precisou que, dos 30 postos de fronteira previstos, estão instalados 22, o que perfaz uma cobertura na ordem dos 73 por cento.
A situação, disse o comandante, fica resolvida com a instalação, ainda este ano, de mais oito postos.
“Estamos à espera de mais forças e meios por parte do comando nacional da Polícia de Guarda Fronteira, para termos todos os postos instalados e garantir maior protecção à fronteira”, disse Félix Moisés Wpongo.
O comandante da sétima unidade da Polícia de Guarda Fronteira declarou que a não instalação de mais postos torna vulnerável a fronteira numa distância de cerca de 100 quilómetros.
Realçou que a imigração ilegal é um fenómeno social que não se combate apenas com as medidas de carácter policial. E Defendeu que a sociedade deve colaborar com as autoridades, para acabar com as sucessivas violações das fronteiras nacionais.
Revelou que, no ano passado, foram detidos, ao longo da fronteira com a República Democrática do Congo, mais de 13 mil violadores da fronteira oriundos deste país e de várias nações do oeste do continente africano.
Fonte: JA