Avisos de agudização da fome depois dos gafanhotos devorarem todas as lavras em várias zonas do Cunene.
Uma praga de gafanhotos está a dizimar culturas no sul de Angola fazendo agudizar ainda mais a possibilidade de fome na região.
Uma invasão de milhões dos insectos que antes de poisarem parecem nuvens escuras de chuvajá arrasou culturas de camponeses no Kuando Kubango e no Cunene
Nesta última provincia os gafanhotos devoraram todas as lavras localizadas em mbala yo mungo, marco 12 Mongua e Caluheque.
A informação foi prestada pelas comunidades locais que perderam as suas culturas. Desconhece-se até aqui os estragos causados na da cintura verde do Cunene em Cuvelai.
No Kuando Kubango até as árvores têm sido atacadas pelos insectos.
O ministro angolano da Aricultura, Pescas e Florestas, António Assis avisou que ‘é de prever “novas incursões nos próximos dias” acrescentando que é preciso começarem a tomar-se medidas adequadas para lidar com o problema.
“Nós vimos quer no Cunene como no Kuando Kubango algumas práticas, as famílias, os cidadãos ….usam as armadilhas tradicionais, tocam as latas para tentar afugentar, isso não resolve o problema”, disse.
Em Ondjiva no Cunene o Padre Gaudencio Felix Yakulengue disse que a passagem dos gafanhtos pela cidade no fim-de-semana foi “assustadora” e residentes mais velhos disseram “nunca ter visto uma situação daquelas”.
O sacerdote católico disse ser urgente fazer-se agora uma avaliação dos estragos causados pela praga.
O padre Yakulengue disse que a história poderá estar a repetir-se j’a que no final de século 19 e princípio do século passado “houve uma conjugação de praga de gafanhotos, fome e ao mesmo tempo doenças”.
“Hoje podemos fazer uma leitura comparativa e temos para além da seca, os gafanhotos e a Covid-19”, acrecentou.
O empresário Jeronimo António fez notar que as autoridades foram apanhadas de supresa apesar de jornais do Botswana e Namibe terem-se referido ao problema dos gafanhotos a caminho doterritório angolano há 15 ou 20 dias atrás.
António apelou às autoridades para “acompanharem” o desenrolar da praga “para não surpreenderem os fazendeiros”.