Representantes da elite política e empresarial mundial, principais economistas e cientistas políticos participarão na discussão dos problemas económicos globais no 16º Fórum Económico Internacional em São Petersburgo, que irá decorrer entre 21 e 23 de junho.
As principais sessões do Fórum serão dedicadas ao papel dos países emergentes na formação da agenda do dia regional e global. O presidente Vladimir Putin intervirá na sessão plenária do evento.
O primeiro diretor executivo do Deutsche Bank na Rússia, Igor Lojevsky, destacou em entrevista à Voz da Rússia que o Fórum é importante devido ao fato de no evento ser possível ter encontros não apenas com membros do novo Governo russo, mas também com o presidente eleito Vladimir Putin. A participação no Fórum permitirá obter as últimas informações em primeira mão e contatar líderes da comunidade internacional e representantes das companhias russas que figuram entre as maiores no mundo.
— Que problemas está previsto discutir no quadro do Fórum e que discussões representam o maior interesse para você?
— Uma vez que somos parte da plataforma global do Deutshe Bank, que opera em mais de 70 países, são sobretudo interessantes para nós as discussões em torno do estado do sistema financeiro global, assim como sobre a influência da crise financeira na atividade de bancos internacionais e organizações reguladoras. Gostaríamos de entender também as vias que os líderes empresariais e políticos da Rússia vêem para obter a estabilidade nos mercados mundiais.
— Quais é hoje o principal perigo para a economia mundial?
— Hoje em dia, a crise de dívida soberana na Europa está no centro da instabilidade principal da economia mundial. Na etapa atual, as vias de solução desta crise são compreensíveis, mas a concretização eficaz das decisões marcadas é impedida por ânimos do eleitorado em muitos países europeus, em primeiro lugar nos meridionais. Em França, nas eleições passadas venceram representantes das forças que não apoiam medidas duras de contraposição à crise. O mesmo fenómeno é esperado na Grécia. Tal situação pode levar ao não-cumprimento dos entendimentos alcançados na Europa com vista à estabilização orçamental, o que, por seu lado, pode desestabilizar o setor bancário. Tudo isso pode aprofundar a crise financeira internacional.
— Hoje, as economias emergentes desempenham um papel cada vez mais importante. Podemos falar de futuros novos centros econômicos?
— Sem qualquer dúvida. Já assistimos à transformação da China em segunda maior economia no mundo. Sem qualquer dúvida, o papel das economias emergentes está crescendo e este crescimento irá continuar nos próximos anos. Seus mercados dispõem de um potencial muito alto de crescimento económico. Moscou marcou como tarefa se transformar em um importante centro regional, embora já o seja em certos aspetos.
Fonte: VR