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    Fitch: “Espanha vai falhar metas do défice em 2012 e 2013”

    “Espanha vai falhar, por uma margem significativa, as metas do défice definidas para este ano e para 2013.” A previsão é do director-geral da Fitch. Ed Parker alerta ainda para a possibilidade dos ratings da Zona Euro poderem ser todos revistos em baixa.
    Numa conferência em Oslo, Ed Parker afirmou que Espanha deverá falhar por uma “margem significativa” as metas do défice definidas para 2012 e 2013.

    Espanha comprometeu-se com Bruxelas a atingir um défice orçamental de 5,3% este ano e de 3% em 2013. No entanto, as últimas previsões da Comissão Europeia indicam que o défice espanhol poderá superar largamente estas previsões e atingir os 6,4% em 2012 e os 6,3% no próximo ano.

    Recorde-se que o défice orçamental de 2011 foi revisto em alta de 6% para 8,5% do PIB, levando o primeiro-ministro Mariano Rajoy a assumir que seria uma “loucura” manter a trajectória de consolidação orçamental projectada pelo anterior Governo. No início de Maio, Rajoy tentou negociar com Bruxelas uma revisão em alta do défice de 2012 de 4,4% para 5,8%.

    A Comissão Europeia não gostou da atitude de Espanha mas acabou por chegar a uma solução de compromisso que prevê um défice de 5,3% em 2012 e que admite adiar a meta de 3% do PIB de 2013 para 2014.

    Ratings da Zona Euro em risco de serem revistos em baixa

    Ed Parker admitiu esta manhã que os ratings dos países da Zona Euro – mesmo os que têm classificação máxima (Alemanha, Luxemburgo, Finlândia e Holanda) – podem ser revistos em baixa devido ao agravamento da crise da dívida na região.

    “Se não existir uma luz ao fundo do túnel, o risco de desmembramento da Zona Euro vai aumentar”, disse o responsável da agência de rating, que acusou os políticos europeus de não conseguirem mostrar que conseguem acabar com a crise que a região atravessa.

    A principal preocupação, referiu Parker, é o risco de contágio caso a Grécia abandone a Zona Euro.

    Parker falou ainda sobre a situação italiana e considerou “improvável” que o país necessite de ajuda externa. “A Itália está muito perto de alcançar uma situação macroeconómica sustentável. Tem, actualmente, um défice orçamental pequeno, um défice da conta corrente muito menor e não tem os problemas que Espanha tem no sector bancário”, sublinhou o responsável da Fitch.

    A Comissão Europeia estima que Itália vai alcançar um défice orçamental de 2% ainda este ano (para Espanha, as previsões de Bruxelas apontam para um défice de 6,4%) mas a dívida pública deverá atingir 124% do PIB (80,9% em Espanha).

    FONTE. Jornal de Negócios

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