Ontem, véspera da abertura do certame, a organização não quis adiantar ao Jornal de Angola que entidade oficial irá presidir à cerimónia de inauguração, geralmente aproveitada para se abordarem questões relevantes da economia angolana e para revelar os rumos da reforma legislativa e institucional em curso.
De manhã, a reportagem do Jornal de Angola constatou que, no exterior do recinto, ainda decorriam os trabalhos de melhoria das vias que dão acesso às instalações da Filda. O gestor da feira, Salvador Cardoso, disse acreditar que, hoje, tanto visitantes quanto expositores vão poder circular com as viaturas e até parquear sem quaisquer dificuldades.
Relativamente à distribuição, as empresas portuguesas, em número de cem, vão ficar num único pavilhão, enquanto os espanhóis, com 22, querem chamar a atenção dos visitantes pela especialização e pela decoração do pavilhão que lhes está destinado. O Brasil, o país convidado, expõe com 33 empresas, enquanto a Alemanha, a homenageada no segundo dia da feira, participa com 17.Além disso, os serviços comerciais das embaixadas da África do Sul, Ghana e Indonésia estarão presentes no certame.
Quem estiver na feira e quiser levantar dinheiro, pode fazê-lo graças às 11 multicaixas que ali estão em funcionamento. As refeições também não constituirão um problema, uma vez que a feira dispõe de oito restaurantes, além de área de lazer e espaços onde se pode aceder à Internet gratuitamente. Para esta edição, está prevista a realização de um ciclo de conferências, que abordará temas como o investimento privado, osector dos petróleos, o acesso às novas tecnologias e problemas conexos, como crédito. A realização da Filda deste ano originou a abertura de dois mil empregos temporários, em áreas como o protocolo, serviços domésticos, serralharia, carpintaria e outras, relacionadas com a montagem de stands.
Ontem, enquanto expositores e organizadores confluíam para o interior das instalações da feira, no exterior, dezenas de jovens aguardavam na expectativa de conseguirem empregos fixos nas empresas que participam no evento.
Carla Maria é uma delas. A jovem, de 23 anos, procura uma vaga pela terceira vez, na expectativa de receber, pela semana que ali permanecer, um valor que sabe, por experiência, há-de ultrapassar os 200 dólares. Orlando Miguel trabalha como montador de stands na feira. Satisfeito por ter conseguido trabalho, afirma que os valores que vai auferir ajudarão a pagar as despesas da casa. “Este ano está difícil conseguir emprego, mas sinto-me satisfeito com o trabalho de montagem do stand da Alemanha e por poder acompanhar o evento de perto”, sublinhou.
A realização desta edição da Filda decorre até domingo.
Fonte: Jornal de Angola