
A apresentação das fichas de inscrição dos clubes, acompanhadas das de contrato dos jogadores, passa a ser uma das exigências da Federação Angolana de Basquetebol, FAB, para evitar duplas inscrições de atletas, informou o secretário-geral daquela instituição, António Celestino Sofrimento Manuel.
A rememoração do comunicado exarado em Maio, segundo António Sofrimento, surge em função da pouca aderência de agentes, empresários ou representantes de atletas e treinadores, em participar, a 25 do corrente, do curso de avaliação a fim de os licenciar para a referida actividade.
De acordo com o líder administrativo da FAB, a exigência visa proteger os clubes de possíveis transtornos e perdas desportivas porque “quando forem entregues os contratos de trabalho automaticamente os jogadores terão uma licença correspondente aos anos de ligação à referida instituição. E quando o atleta for inscrito por outro clube, tendo ainda vínculo com o primeiro, será rejeitado o registo no sistema”, disse.
Prosseguindo, o dirigente desportivo argumentou dizendo que “dessa forma, os jogadores que chegam a assinar três a quatro fichas de uma só vez evitarão esse procedimento e os próprios agentes também vão ter conhecimento de que será necessário negociar junto do detentor do passe”.
Quanto à ausência de agentes e empresários, António Sofrimento disse que “já fizemos a nossa parte. Até ao momento apareceu apenas um único indivíduo nas nossas instalações (sede da federação) a informar-se. De lá para cá não mais apareceu, infelizmente, ninguém, continuamos a aguardar”.
Com a formação, assume o secretário-geral, a direcção da FAB pretende reduzir “alguns atropelos fundamentalmente contra os atletas, tudo porque a figura de agente não tem sido encarada com o rigor que se exige. A direcção da FAB quer mudar o quadro e daí que vamos realizar um teste de avaliação para os nossos agentes, a fim destes defenderem melhor os direitos dos seus representantes”. Questionado sobre qual o procedimento a seguir, caso não se registe a afluência esperada, o também chefe do gabinete técnico e de formação da FAB, respondeu: “São necessárias normas. Os agentes e representantes que não receberem formação que os habilite para o efeito não vão poder representar ninguém mais lá para a frente. Por outro lado, o que pretendemos na realidade é que os clubes, únicos que os conhecem, porque nós não os conhecemos, tratem com pessoas legalizadas e com uma carteira, porque se não daqui a pouco somos todos agentes e representantes de jogadores.”
O teste, livre a cidadãos nacionais e estrangeiros, vai basear-se em regulamentos geral, de transferência, de disciplina, entre outros. Os candidatos devem dirigir-se à a FAB, sita no Complexo da Cidadela Desportiva, apresentando-se com o bilhete de identidade (nacionais) e passaporte (estrangeiros), para constituírem o processo.
Anaximandro Magalhães
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Nuno fflash