Os membros da Federação Mundial da Juventude Democrática em África (FMJD) condenaram ontem, em Luanda, os ataques da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) à Líbia, durante a reunião regional organizada pela JMPLA.
O repúdio dos jovens está expresso no discurso do vice-presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática para a região africana, Justin Chusaru. O líder juvenil disse que a intervenção da OTAN, apoiada pela França, Reino Unido e pelos Estados Unidos da América, violou o que as Nações Unidas determinaram na sua resolução. As Nações Unidas, recordou, previam a criação de uma zona de exclusão aérea que visasse a protecção dos civis. O que acontece, sublinhou, é a invasão do território líbio pelas forças da OTAN e isto não dignifica os africanos nem a sua juventude. Justin Chusaru convidou a juventude africana a unir-se e a lutar contra todo o tipo de neocolonialismo e a violação de autodeterminação dos povos africanos. O secretário para a Política Económica e Social do MPLA, Manuel Nunes Júnior, considerou que a Federação Mundial da Juventude Democrática é uma organização que sempre lutou pela paz no mundo, desde a sua criação em 1945. A Federação, disse Manuel Júnior, lutou sempre pela liberdade dos povos, pela democracia, independência e a igualdade dos povos. Manuel Nunes Júnior reconheceu que esta organização contribuiu, também, para a independência dos países da África Austral, para o fim do “apartheid” e pelo fim do colonialismo no continente. “Foi também grande o papel desta organização democrática na formação de jovens, com realce para a formação académica e política”, disse.
Manuel Nunes Júnior disse que Angola está a investir no desenvolvimento do homem, com o objectivo de aumentar a produtividade das empresas e a sua capacidade de inovação.
“Estamos a edificar em Angola uma sociedade que seja um modelo de sucesso e de referência nos mais diversos domínios para África e para o mundo”, referiu.
O primeiro secretário nacional da JMPLA, Sérgio Luther Rescova, disse que a primeira reunião regional da Federação Mundial da Juventude Democrática em África foi oportuna porque serviu para analisar a actual situação do continente. Sérgio Luther Rescova informou que foram debatidos no encontro os conflitos nalguns países do continente e o quadro actual do movimento associativo juvenil africano com realce para as organizações membros da Federação Mundial da Juventude Democrática em África. Os participantes avaliaram o relatório de actividades da federação a nivel do continente. Aprovaram, também, o plano de actividades deste ano e as regras de adesão de novos membros à organização. A JMPLA acolheu a reunião no âmbito do último encontrou da Federação Mundial da Juventude Democrática em África, que decorreu no Brasil, e que determinou que os comités deviam reunir regularmente nas regiões e nos respectivos continentes.
Fonte: Jornal de Angola