O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola afirmou, à Angop, que ainda há em Angola pouco diálogo nas famílias em relação ao sexo e à saúde reprodutiva.
Rui Gama disse que grande parte das adolescentes não discute, em casa, os aspectos sexuais da saúde reprodutiva “por falta de abertura e de amizade” dos pais.
“A maioria das jovens aprende com as amigas e amigos na rua, de forma errada, e consequentemente surgem as gravidezes precoces e indesejáveis”, lamentou.
Quanto maior é o nível pobreza, referiu, maior é o aumento da vulnerabilidade da mulher, o que provoca um incremento do sexo comercializado.
Por isso, declarou Rui Gama, surgem patologias associadas ao VIH/Sida e as outras doenças sexualmente transmissíveis.
O representante da OMS também deplorou que continue a haver um limitado acesso aos cuidados primários de saúde, que funcionam, muitas vezes, com pouco pessoal qualificado. Além disso, disse, o serviço de saúde reprodutiva e de planeamento familiar é reduzido.
Rui Gama mencionou como problema sério “a pouca disponibilidade de transfusão de sangue seguro”, o que “preocupa bastante o sector da saúde”.
Fonte: Angop