A jornalista Daphne Galizia que participou na investigação que envolvia o Governo de Malta num esquema de corrupção internacional, morreu nesta segunda-feira depois do seu carro ter explodido, avança o Times of Malta.
A notícia está a ser difundida pelas redes sociais e cita o Times of Malta. A jornalista Daphne Galizia que participou na investigação que envolvia o Governo de Malta num esquema de corrupção internacional, morreu na segunda-feira depois do seu carro ter explodido, segundo indicaram fontes políticas e policiais citadas pela imprensa local.
O primeiro-ministro Joseph Muscat, classificou em conferência de imprensa o assassinato da jornalista como um ato de “barbárie” e ordenou que os serviços de segurança dediquem os maiores recursos possíveis para a investigação.
“O que aconteceu hoje é inaceitável em vários níveis. Hoje é um dia negro para a nossa democracia e nossa liberdade de expressão”, disse Muscat. “Não vou descansar enquanto não for feita justiça”, acrescentou.
A jornalista tinha apresentado há poucos dias uma denúncia avisando que havia recebido ameaças de morte, segundo informa o jornal Times of Malta.
A explosão, que ocorreu às 15 horas (hora local), destruiu o carro em que viajava a jornalista perto da sua casa. A polícia explicou que a bomba era muito forte e que o veículo, um Peugeot 108, ficou despedaçado e espalhado pela área.
A morte da jornalista de 53 anos, acontece depois de em junho passado o Partido Trabalhista de Muscat, primeiro-ministro desde 2013, ter obtido uma vitória expressiva nas eleições legislativas que o mesmo tinha convocado após uma série de escândalos envolvendo o seu círculo mais próximo. O seu ministro de Energia, o seu chefe de gabinete e até mesmo a sua mulher foram acusados de ter contas ‘offshore’ no âmbito da divulgação dos chamados Panamá Papers.
Daphne Caruana Galizia foi fundamental na revelação do escândalo e era considerada a única mulher que empreendeu uma cruzada contra a falta de transparência e a corrupção em Malta. (Jornal Económico)