Luanda – O Executivo angolano está disponível para continuar a apoiar iniciativas da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), que visem a salvaguarda dos interesses profissionais da classe, a promoção e valorização da sua actividade, declarou hoje, segunda-feira, o vice-presidente da República.
Fernando da Piedade Dias dos Santos discursava, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, na cerimónia de institucionalização do 30 de Abril, como o Dia Nacional do Artista, e da entrega da primeira carteira profissional ao artista Elias José Francisco “Elias Dya Kimuezo”.
Considerou justa a atribuição, nesta ocasião, pela União Nacional dos Artistas Compositores (UNAC), de um diploma de honra ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em reconhecimento à sua dedicação à defesa e à promoção da cultura nacional e valorização da actividade profissional dos artistas e compositores.
Declarou ainda que o governo está aberto a iniciativas em prol do desenvolvimento e afirmação da música angolana.
Adiantou que “o exercício da valorização dos criadores da música, dos compositores, dos artistas intérpretes de dança, que tem sido realizado pelo Executivo através da organização de festivais, espectáculos, da atribuição do Prémio Nacional de Cultura e Artes, bem como acções de entidades estatais e privadas que tem contribuído para o crescimento da música”.
Apelou à UNAC a desempenhar um papel pró-activo com os seus filiados e com a classe em geral, no sentido de salvaguardar os valores éticos e morais na produção musical.
“A música não é só um meio de expressão, mas é também um meio de transmissão de valores, valores essenciais na educação das novas gerações e na edificação de uma sociedade harmoniosa, onde se respeitam os direitos de cada um”, afirmou o vice-presidente da República, encorajando a juventude a prosseguir a senda da preservação da cultura nacional.
Afirmou que a “música (…) foi imprescindível em cada percurso do país, tanto do ponto de vista da recreação, como da promoção dos valores sociais e políticos, sobretudo, na luta pelos ideais da liberdade e da Independência Nacional.
“Muitos foram os que com o seu talento e profissionalismo deram a sua contribuição para que a música se desenvolvesse e para a formação da identidade angolana.
Lembrou vozes como as de Liceu Vieira Dias, Fontes Pereira, Dúia, Lourdes Van-dúnem, Alba Clynton, Belita Palma, os agrupamentos “Ngola Ritmo”, os “Gingas” e ainda temas como “Muxima”, “João Domingos”, “Nga José”, entre outras que contribuiram ao enriquecimento da música angolana.
Disse acreditar que a institucionalização do Dia do Artista e a atribuição da primeira carteira profissional marca uma nova etapa na organização da UNAC, com vista a dar melhor enquadramento às questões profissionais da classe, como o acesso à carteira profissional, a protecção dos direitos do autor, a segurança social, entre outras, como resgatar o respeito e a dignificação da profissão.
Fonte: VOA
