O titular da pasta da Defesa, falava em conferência de imprensa conjunta com o seu homológo de Cabo Verde, Jorge Tolentino Araújo, que hoje terminou uma visita oficial de trabalho a Angola, destinada ao reforço da cooperação bilateral no domínio da defesa e segurança entre autoridades angolana e cabo-verdiana.
Cândido Pereira Van-Dúnem referiu que “os execelentes laços que unem no âmbito bilateral Angola e Guiné-Bissau continuarão sempre presentes”.
“Obviamente se encontrarão os caminhos para que as partes que hoje manifestam uma posição menos favoravél resultante da decisão do Governo angolano vão compreender que os passos para a paz, concórdia e estabilidade são os requisitos necessários para que a Guiné-Bissau possa trilhar o rumo certo”, ressaltou.
Segundo o ministro, “Angola continua a manifestar a sua disponibilidade junto das autoridades guineenses, quer na perspectiva bilateral, quer multilateral”.
Instado a pronunciar-se sobre a data da retirada do contingente militar das Forças Armadas Angolanas instaladas na Guiné-Bissau o ministro Cândido Van-Dúnem referiu que existe um calendário que está ser negociado entre as partes (angolanos e guineenses), onde a intervenção das autoridades deste país terá um pendor importante.
Explicou que todo o processo de retirada do efectivo angolano dependerá muito do apoio de natureza administrativa e logistíca das próprias entidades guineenses para permitir que essa saída que se pretende ordeira e dentro dos princípios que estiveram na base da nossa instalação possa ocorrer de forma normal.
“Prazos concretos ainda não estamos em condições de o dizer sem que haja essas garantias (administrativas e logistícas) por parte das autoridades da Guiné-Bissau”, acrescentou.
A Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau, denominada “Missang” foi formalmente lançada neste país em 21 de Março de 2011, em Bissau, numa cerimónia presidida pelo já falecido Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, na presença do ministro angolano da Defesa, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem, em resultado de um acordo de cooperação
técnico-militar entre os dois países.
Na altura, o acto ficou marcado pela apresentação do efectivo composto por cerca de 200 elementos de diferentes especialidades, que têm sido suporte de apoio à reforma do sector de defesa e segurança das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
A República de Angola, desde 2010 que preside à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de que a Guiné-Bissau também faz parte, contribuiu com 30 milhões de dólares para apoiar a reforma dos órgãos de defesa e segurança, bem como desencadeou outras acções, tais como apoio à modernização dos órgãos de comunicação social e formação de jornalistas guineenses, que têm a tarefa de sensiblizar os militares e a sociedade civil sobre a importância da referida reforma.
Fonte: Angop