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    Ex-ministro das Finanças moçambicano Manuel Chang extraditado e a caminho dos Estados Unidos

    As autoridades sul-africanas confirmaram esta quarta-feira que o antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, foi entregue a agentes policiais norte-americanos, e extraditado em jato particular para os Estados Unidos da América. A possibilidade de Manuel Chang vir a ser extraditado tinha sido noticiada ontem pelo Portal de Angola (Clique aqui para mais informações).

    Numa declaração concisa, segundo o porta-voz do ministro da Justiça da África do Sul, Chrispin Phiri, o Ministério da Justiça e dos Serviços Correccionais “confirma que o senhor Manuel Chang foi entregue às agências da lei dos Estados Unidos da América”.

    Manuel Chang foi detido a 29 de dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional O. R. Tambo, em Joanesburgo, quando estava a caminho do Dubai, com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos a 27 de dezembro, pelo seu presumível envolvimento no processo das chamadas dívidas ocultas.

    Tanto os EUA como Moçambique solicitaram a extradição de Chang em várias acusações. Após várias audiências em 2019 no Tribunal de Magistrados em Kempton Park e no Tribunal Superior da África do Sul em 2019 e 2021, os Estados Unidos ganharam precedências e Moçambique apresentou pedidos ao Supremo Tribunal de Recurso e ao Tribunal Constitucional da África do Sul.

    Em maio de 2023, o Tribunal Constitucional recusou o recurso, invocando a falta de perspectivas razoáveis de sucesso, depois de ter analisado um pedido de condenação e um pedido de licença para recorrer.

    As batalhas judiciais para resistir à extradição terminaram com Chang a ser escoltado por agentes do FBI para um avião a jato Gulfstream 550 no aeroporto de Lanseria, ainda na África do Sul, antes de ser transportado para os EUA para enfrentar a justiça.

    Nos Estados Unidos, Chang poderá ser julgado pelos três crimes de que é acusado, ou declarar-se culpado e colaborar com a justiça americana no esclarecimento dos contornos das acusações.

    Refira-se que um dos processos relacionados com “dívidas ocultas” em Moçambique está relacionado com a venda de fragatas à marinha moçambicana pela empresa naval Privinvest Shipbulding Investimentos LLC. A mesma empresa vendeu navios à marinha angolana. Questionado sobre se a aquisição de embarcações à empresa naval Privinvest Shipbulding Investimentos LLC, envolvida em dívidas ocultas em Moçambique, afetaria a imagem de Angola, o Presidente João Lourenço respondeu que “o processo em nada belisca o bom nome da Marinha e do Estado angolano”. (Clique aqui para mais informações).

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    FonteRFI

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