O Chipre, país que atualmente assume a presidência temporária da União Europeia, anunciou hoje que a Europa chegou a um consenso sobre a adoção de novas sanções contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad. De acordo com os países participantes do encontro informal de ministros das Relações Exteriores da Europa, o clima entre os representantes europeus é de grande união em torno da questão síria.
Segundo a chanceler do Chipre, Erato Kozakou-Marcoullis, “há um consenso sobre o aumento das sanções contra a Síria”. O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, defende, por exemplo, um reforço de sanções contra familiares e próximos do presidente sírio. Fabius declarou ainda que há uma “forte união” dos ministros europeus sobre a questão síria.
“Há um sentimento geral que é preciso aumentar a pressão sobre o regime [de Bashar al-Assad] para que a violência termine e para que a ajuda humanitária possa chegar a todo o país”, disse o ministro José Manuel Garcia Margallo. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou que todas as propostas serão estudadas detalhadamente e que as medidas serão tomadas de comum acordo com os Estados-membros. Ashton reiterou a importância de ajudar os países vizinhos da Síria que também são atingidos pelo conflito.
Rússia
Fiel aliada da Síria, a Rússia declarou neste sábado que pressionar o Conselhode Segurança das Nações Unidas para que o órgão aprove o acordo de Genebra sobre a transição política no país. O documento defende uma negociação política sem, contudo, citar a saída de Assad do poder.
A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e já vetou três vezes, juntamente com a China, projetos de resolução que apliquem sanções à Síria. O chanceler russo, Sergei Lavrov argumenta que as sanções unilaterais dos Estados Unidos têm, “cada vez mais um caráter extraterritorial” e terminam por afetar os interesses da Rússia na Síria e também no Irão, outro país aliado da Rússia que recebe sanções dos EUA.
Fonte: RFI