Os ministros das Finanças da zona euro vão decidir na segunda-feira, em Bruxelas, se a Grécia cumpre todos os requisitos exigidos para um novo programa de assistência financeira sem paralelo, que ascenderá a 130 mil milhões de euros.
Depois de semanas de muitas incertezas e tensão, parecem estar finalmente reunidas as condições para o Eurogrupo dar luz verde ao novo resgate a Atenas, tendo-se multiplicado nos últimos dias as mensagens de confiança num acordo na reunião, que decorrerá ao final da tarde em Bruxelas, incluindo da Alemanha, um dos Estados-membros que se mostrou mais exigente nas contrapartidas exigidas à Grécia.
O caminho para o novo programa de ajuda, que evitará a bancarrota da Grécia, ficou desbravado depois de uma reunião por teleconferência dos titulares das pastas das Finanças do espaço monetário único, na passada quarta-feira, finda a qual o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse estar confiante de que os 17 estarão em condições de tomar uma decisão no encontro de segunda-feira.
Nessa teleconferência, o Eurogrupo recebeu compromissos fortes por parte dos líderes da coligação governamental quanto à implementação das novas medidas de austeridade aprovadas pelo parlamento grego.
A troika apresentou a análise à sustentabilidade da dívida pública grega e, por último, Atenas e responsáveis da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) “identificaram” as medidas de consolidação adicionais necessárias para obter uma poupança suplementar de 325 milhões de euros no orçamento para 2012, assinalou Juncker.
O responsável político luxemburguês assinalou que havia ainda trabalho a desenvolver, designadamente, ao nível dos mecanismos de vigilância da aplicação das reformas exigidas pelos parceiros europeus e prometidas por Atenas, assim como do serviço de dívida, as últimas arestas que deverão ser limadas com vista a uma decisão na segunda-feira.
Portugal estará representado na reunião do Eurogrupo – assim como na do Ecofin (ministros das Finanças dos 27), no dia seguinte – pelo ministro Vítor Gaspar.
A 10 de Fevereiro, em Bruxelas, Vítor Gaspar defendeu que o acordo para o segundo resgate à Grécia será um «importante elemento de credibilização e estabilização» para a área do euro e «muito benéfico para um país como Portugal».
Fonte: Lusa / SOL