A 26ª Taça de África das Nações começa hoje na cidade de Antananarivo, a capital do Madagáscar, a quarta maior ilha do mundo. Chegou a hora do Afrobasket/2011, um evento que aos africanos contamina de alegria e euforia. É a primeira Taça das Nações em solo malgaxe, e cujo envolvimento vai, naturalmente, permitir ao país um substancial encaixe financeiro e, quem sabe, motivar a população para a prática do basquetebol.
Qualificativo para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, o Afrobasket/2011 reveste-se de peculiar importância para a República de Angola, cuja Selecção Nacional parte à conquista do seu 11º título africano. Missão ingrata para os decacampeões que são o alvo a abater, numa competição que reúne as 16 melhores equipas nacionais de África. Angola, 17ª presença na competição, disputa a fase preliminar no grupo B, ao lado do Chade, adversário na estreia, dia 18, de Marrocos e do Senegal. Com uma duração aproximada de 45 minutos, a cerimónia de abertura vai contar com a presença dos embaixadores dos países representados na prova, do presidente e secretário-geral da FIBA Mundo, o australiano Bob Elphinston e o suíço Patrick Baumann, respectivamente, de altas figuras da cena política e actores sociais do Madagáscar. A organização promete uma cerimónia de abertura sem grande requinte, face às dificuldades financeiras para oferecer um acto à dimensão do Afrobasket, mas com alguma pompa e circunstância, com muita música, folclore, desfile de trajes típicos do continente, mini-festival gimnodesportivo com exibição de jovens das escolas de basquetebol.
A cerimónia de abertura realiza-se após a disputa do jogo entre as equipas nacionais da Nigéria e do Mali. Do programa consta o desfile das 16 selecções participantes, dos árbitros, oficiais da FIBA África, a que se seguirá o discurso de abertura a ser proferido pelo presidente da organização continental, o congolês-decmocrata Mabusa Eseka, do juramento dos atletas e encerrando com um mini festival gimnodesportivo.
Cinco árbitros neutros, mormente três africanos e dois europeus, foram convidados pela FIBA-África, e vão juntar-se aos 15 oficiais acompanhantes, no qual Angola se fará representar pelo árbitro internacional FIBA, Carlos Júlio. O Afrobasket/2011, de 17 a 28 de Agosto, será jogado em apenas um pavilhão, o Palácio da Cultura e dos Desportos de Antananarivo, com capacidade para cinco mil espectadores, todos sentados, que recebeu obras de melhoramento e apresenta um novo visual, desde o piso, placar electrónico e tabelas de última geração.
O Afrobasket/2011 abre com duas partidas, pontuáveis para o Grupo A. Nigéria-Mali e Madagáscar-Moçambique é o cartaz da ronda inaugural. A desorganização continua a reinar e até ao momento a organização não tem definido os horários das diferentes partidas.
Apesar dos inúmeros problemas, o optimismo é a palavra-chave da organização, que faz deste evento a rampa de lançamento para a dinamização do basquetebol no país. Com a realização do Afrobasket, a FIBA África acredita que estão lançadas as bases para a implementação de um dos seus principais objectivos, ou seja, construir um futuro melhor através do basquetebol para toda a África. Que viva, pois, a festa da bola cesto.
Fonte: Jornal de Angola